Cve discute melhor controle da dengue hemorrágica na região
A gravidade da epidemia de dengue que atinge o Estado num todo, e com grande número de casos na Baixada Santista, levou o Centro de Vigilância Epidemiológica CVE - da Secretaria de Estado da Saúde a promover ontem, das 14 às 17h30 reunião com representantes de todos dos Municípios da região, da área epidemiológica e do controle da dengue, tendo como tema a febre hemorrágica da dengue, notificações e sorologia. Novas formas de controle vetorial, treinamento para médicos para melhor identificação da dengue hemorrágica, e mais agilidade e uniformidade nas notificações de casos foram temas abordados pelo diretor do CVE, José Cássio de Moraes e pelo epidemiologista Gizelda Kats. Participaram representantes da Dir-XIX. Na segunda-feira, às 14 horas, na sede da Saúde Coletiva, na Praça Rui Barbosa, 23, 4º. andar, o Município de Santos já estará discutindo, com uma comissão específica, da Vigilância Epidemiológica e do Programa do Controle da Dengue, as novas orientações passadas pelo Estado. Na quarta-feira, às 14 horas, na Dir-XIX, ocorrerá a segunda rodada com os municípios da região, definindo a adequação às normas. Oficialmente o Estado de São Paulo registra 2l mil casos confirmados da dengue, mas em relatório enviado há mais de 10 dias para o Município de Santos, pelo próprio CVE já havia cerca de 75 mil notificações feitas. O Município de Santos mantém as confirmações atualizadas, de forma paralela às notificações. Entre as novas orientações figura a de se descartar casos inconclusivos. MORTES Durante a reunião, foram apresentados dois casos de mortes por dengue hemorrágica ocorridas na Praia Grande, que poderiam ter sido evitadas, caso o atendimento médico tivesse sido mais eficiente. Os casos serviram de ilustração sobre falhas cometidas. No entender de José Cássio de Moraes, devem estar ocorrendo vários casos de dengue hemorrágica que não estão sendo identificados de forma correta pela classe médica. Ele ressaltou, no entanto, que o Município de Santos é ainda o que dispõe de profissionais mais bem treinados em dengue hemorrágica. Oficialmente há quatro casos de óbitos por dengue hemorrágica na região, dois deles da Praia Grande, um de paciente do Guarujá e outro de paciente do Rio de Janeiro que morreu em Santos. Santos teve três registros de dengue hemorrágica mas todos se restabeleceram.