Curso de capacitação termina com um alerta
A primeira causa de morte dentre adolescentes, no Brasil, é de natureza externa, ou seja, possíveis de serem evitadas, como acidentes de trânsito, atropelamentos, homicídios, suicídios. A constatação faz parte de um estudo realizado no ano passado pelo Programa de Atenção Integral a Saúde do Adolescente do Estado de São Paulo, apresentado, ontem, no encerramento do 1 Curso de Capacitação para Atendimento aos Adolescentes, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na Associação dos Médicos de Santos. Profissionais que participaram do encontro alertaram que quem pratica medicina do adolescente tem uma responsabilidade muito grande. Por isso, deve estar sempre atualizado em neurologia, endocrinologia, ginecologia etc. Só dessa maneira pode resolver 80% ou mais dos problemas médicos que aparecem, afirmou o médico Chafi Abduch, lembrando que os profissionais da saúde devem estar familiarizado com as avaliações e discussões psicológicas, tendências sociais, problemas éticos e legais. Ao mesmo tempo, devem servir como exemplo de todos os seus papéis para o adolescente. É preciso ser uma figura de autoridade, sem ser autoritário, destacou Chafi. Já a médica Verônica Coates, ressaltou que trabalhar com adolescente é interessante, às vezes difícil e frustrante. Segundo ela, a adolescência é um período de crescimento e desenvolvimento rápidos do corpo e da mente, resultando em dificuldades para o jovem, sua família e o médico. É também um período de alto risco, que se pode evitar, para múltiplos aspectos de saúde, como gravidez, doenças sexualmente transmissíveis, drogas, suicídio, etc. Cuidar do adolescente como um todo proporciona satisfação e é desafiador, concluiu a médica.