Vacinação contra paralisia infantil dia 9 mobilizará 500 funcionários da sms
A Secretaria Municipal de Saúde está empenhada em atingir a meta de vacinação de 31.534 mil crianças, de 0 até 5 anos, contra a paralisia infantil, na campanha prevista para Sábado (9), que vai ainda atualizar o calendário vacinal de outras doenças. A vacinação contra a poliomielite será realizada das 8 às 17 horas, em 86 de locais do Município, inclusive na área Continental, mobilizando mais de 500 funcionários da rede municipal. Cerca de 30 faixas estão espalhadas pela Cidade alertando para a imunização, além do serviço prestado pelos meios divulgação. Nas policlínicas, mediante apresentação da carteirinha das crianças, será feita a atualização de imunização obrigatória em atraso, tais como tétano, difteria e coqueluche (tríplice bacteriana), sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral), a BCG, contra tuberculose; e a específica contra o sarampo; e ainda distribuídas as doses que previnem contra a febre amarela e hepatite B. A Secretaria de Saúde salienta a importância dos pais levarem seus filhos aos postos de saúde ou em outros locais colocados à disposição da população, mesmo que a criança já tenha tomado as gotinhas de imunização. RISCO PERSISTE Apesar da poliomielite ter sido erradicada do Brasil, (os últimos casos foram registrados em 1989), ainda persiste o perigo da reintrodução do vírus causador desse mal. Recentemente, segundo dados da Secretaria do Estado da Saúde, ocorreu a circulação de poliovírus vacinal tipo 1, na República Dominicana e Haiti, com um surto de 17 casos confirmados até o mês de abril deste ano. Há também áreas de transmissão no Sul da Ásia, Oeste Africano e África Central. No período de 1988 a 1993 foram registrados 32 casos de paralisia associada ao poliovírus vacinal tipo 2. Nessas duas situações, a circulação do vírus vacinal ocorreu em áreas de baixa cobertura de vacinação. Isso revela a importância da necessidade de campanhas em massa, tanto para a prevenção da transmissão do poliovírus selvagem quanto do poliovírus vacinal. SEM TRATAMENTO EFICAZ Não existe tratamento ou medicamento eficaz contra o vírus da poliomielite. Ele penetra no organismo, geralmente pela boca, sendo que a transmissão ocorre pelas gotículas de secreções da faringe, durante uma semana, quando a pessoa infectada tosse ou espirra. Em seguida, o vírus vai para o intestino, sendo eliminado pelas fezes, por cerca de uma a seis semanas, contaminando o meio ambiente. A maioria das pessoas infectadas não apresenta paralisia, mas apenas sintomas leves, que passam despercebidos. Entretanto, os assintomáticos disseminam o vírus, através da contaminação das águas e alimentos, via fezes. As pessoas que desenvolvem a doença sofrem sérias conseqüências, a maior parte fica com um ou mais membros paralíticos, e, em alguns casos, a doença leva seus portadores à morte. No Brasil os últimos casos registrados ocorreram nos Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, enquanto no Estado de São Paulo o último município que apresentou a doença foi Teodoro Sampaio. A campanha no Estado é operacionalizada por meio das Unidades de Saúde da Rede Pública, tal como vai fazer sábado a SMS. No ano passado em todo o Estado foram vacinadas mais de 3,3 milhões de crianças menores de 5 anos, com mais de 95% beneficiadas na faixa etária até 5 anos. Mas 25% dos municípios não alcançaram essa meta, razão pela qual a divulgação é fundamental para o sucesso.