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Prefeitura dá assistência a moradores de rua

Publicado: 13 de agosto de 2001
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Treze moradores de rua que estavam instalados sob marquises de prédios desocupados nos bairros Vila Nova e Macuco estão recebendo, desde sexta-feira, assistência proporcionada pelos diversos serviços de reinserção social mantidos pela Prefeitura. A ação de recolhimento aconteceu na Rua Luiza Macuco, junto a ex-Hospedaria dos Imigrantes, e na lateral de um antigo armazém, localizado na confluência da Av. Rodrigues Alves e a Rua Rodrigo Silva. Na primeira abordagem, a equipe de educadores de rua encontrou sete pessoas abrigadas sob um recuo em uma das entradas do prédio centenário. Ali, haviam improvisado moradia entre colchões, partes de móveis adaptados como prateleiras, cobertas, vasilhames, tábuas para impor uma certa privacidade e alguns pertences pessoais. Pacientemente, um a um foram convencidos a dar o primeiro passo para a reintegração social, que é uma passagem pela Casa Aberta – Plantão Social, localizada na Praça dos Andradas. Segundo o psicólogo Armando de Freitas Pinho, responsável pelo serviço, nesse local os casos são estudados individualmente e o atendimento segue dependendo das necessidades de cada um. Como exemplo, mostrou o caso de uma senhora de 62 anos, que não tinha condições de andar e teve de ser carregada por dois guardas municipais. Como os demais, essa mulher, de nome Ruth, teve à disposição banho, janta e pernoite, para posteriormente receber tratamento médico. Outros, de acordo com o profissional, poderão querer voltar para suas cidades de origem e a Secretaria de Ação Comunitária e Cidadania se encarregará das passagens. Aqueles, que por ventura apresentarem dependência de álcool ou drogas passarão por um trabalho de convencimento para internação em uma das instituições conveniadas com a Prefeitura e que desenvolvem programas específicos para adictos e alcoólatras. Sob a marquise do armazém, os quatro funcionários da Seac, amparados por oito guardas municipais convenceram cinco homens e uma mulher a acompanhá-los. Nesse local, um casal, Ricardo e Antonia Ana, que mantinha sete cachorros amarrados a carrinhos de feira e às grandes do portão do imóvel, relutou bastante. Após quase uma hora de conversa, eles acabaram aceitando a remoção. Para o comandante da Guarda Municipal, Jurandir de Alcântara César, que acompanhou o início da operação, essas ações são importantes porque às vezes são encontrados indivíduos condenados pela justiça, que se misturam aos necessitados. A Terracom, com um caminhão caçamba, uma pá-carregadeira, dois ajudantes e um encarregado, também participou da ação, limpando os locais desocupados.