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Cadastro das gestantes no parto humanizado já tem 410 inscrições

Publicado: 18 de junho de 2001
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A Coordenadoria da Saúde da Mulher já conseguiu incluir no ´Programa de Humanização de Pré-Natal e Parto´, instituído pelo Ministério da Saúde, e lançado em Santos há pouco mais de um mês, 410 gestantes, que já estão sendo atendidas pela rede municipal com o cartão do SUS, no qual figura o número de cadastro, válido em todo o território nacional. O cadastro da gestante no ´Programa do Parto Humanizado´, com um número exclusivo para cada futura mamãe, vai permitir, segundo explica a médica Ângela Maria Cuófano Mariano, coordenadora da Saúde da Mulher, que ela seja atendida em qualquer unidade do Município, com todo o histórico de seu pré-natal. Basta que o número do cartão da gestante seja acionado para que o sistema verifique na tela do computador todo o acompanhamento recebido no pré-natal, envolvendo as consultas necessárias, exames de laboratório como glicemia, urina I , HIV, hepatite, vacinação antitetânica e outros atendimentos, que traçam o perfil da paciente. A implantação do ´Programa de Humanização de Pré-Natal e Parto´ só vem sendo feito em municípios que possuam infra-estrutura adequada. Na região da Baixada, apenas Santos e Cubatão foram incluídos, e essa adesão ao programa, segundo explica a coordenadora da Saúde da Mulher, estabelece mecanismos que proporcionam uma melhor qualidade no acompanhamento da gestante e recebimento de mais recursos do Governo Federal . Só acredito num pré-natal de qualidade se ele for vigiado¨, explica a médica, que foi a precursora de uma série de iniciativas no cuidado com a gestante na rede municipal, entre elas a realização do teste de HIV. APRIMORAR A VIGILÂNCIA A captação da gestante para o pré-natal o mais cedo possível, tarefa que exige muita sensibilidade de médicos e funcionários, a busca ativa em casa, se ela faltar às consultas, e também todos os cuidados para identificar as pacientes de risco são medidas que já vêm sendo realizadas pelo Município, que quer aprimorar ainda a mais a vigilância, sobretudo na área central da Cidade, onde deverá ser implantado um projeto especial de acompanhamento. Nessa área há mais resistência das moradoras em participar do pré-natal e a busca ativa tem que funcionar de forma diferenciada, levando-se em conta que ali residem trabalhadoras do sexo. Desde 97, o teste de HIV, que agora se torna obrigatório pelo Ministério de Saúde, chegou a identificar por ano, 60 gestantes portadoras do vírus da Aids. Com tratamento, já durante a gestação, vem diminuindo o número de bebês soropositivos, e, conseqüentemente, a mortalidade infantil. Outra iniciativa positiva envolve o encaminhamento de pacientes de risco para a Casa da Gestante (ou para programa semelhante existente no Silvério Fontes), onde elas recebem o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, integrada por médicos, psicólogas, assistentes sociais, enfermeiras e outros técnicos). Desde adolescentes (23,19% das gestantes são jovens entre 13 a 19 anos), assim como portadoras do HIV, dependentes de drogas, analfabetas, pertencentes a famílias desestruturadas, de baixa renda, e ainda aquelas que apresentam risco obstétrico são consideradas gestantes de risco. Na Casa da Gestante, na Av. Senador Dantas, 123, onde também funciona a Coordenadoria da Saúde da Mulher, 160 gestantes/mês, recebem alimentação adequada, orientação psicológica, apoio social, noções do funcionamento do corpo humano, e ainda participam de oficinas de artesanato, pintura em tecido, bordado e tricô. Em casos de grande carência ainda ganham enxoval e cestas básicas, com apoio do Fundo Social de Solidariedade (FSS) e ONGs. Recentemente o prédio recebeu várias melhorias internas e externas, ganhando uma pintura mais agradável, tornando o ambiente mais acolhedor, assinala Ângela Mariano. MAIS RECURSOS O Município também passa a receber mais recursos financeiros do Ministério, como um acréscimo de R$ 10,00 por cada gestante incluída no pré-natal humanizado, antes da quarta semana de gestação, mesmo as que vêm de outros municípios da região. O Município ganha ainda mais R$ 40,00 no retorno do puerpério, (pós-parto), enquanto o hospital que realizar o parto recebe R$ 90,00 extrateto do SUS, por gestante. Ou seja, cada parturiente que tiver o acompanhamento integral pelo Município, significará mais R$ 140,00 per capita. A previsão é de que Santos realize em 2001 cerca de 6.500 partos/ano. Somente a Maternidade Silvério Fontes realiza média de 270 partos mensais, 70% deles normais.