Cursos têm influenciado pais e filhos
A satisfação que os 35 alunos especiais apresentam no Curso de Basquete da Semes, no Ginásio Antonio Guenaga, é contagiante. A média de idade, com algumas exceções, está acima dos 20 anos, e todos procuram dar o melhor de si nos fundamentos e nas jogadas ensaiadas, atuando com alegria e determinação, sob os olhares atentos de alguns pais, que ficam na arquibancada. Para os pais, os cursos da Semes para os deficientes têm sido importantíssimos, já que se trata de uma forma de promover mais atividades e integrá-los à sociedade. Se a pessoa com necessidade especial não tiver atividades, ela acaba ficando em casa sem ter o que fazer. Dorme, engorda e fica deprimida e desmotivada. Mas se tiver uma atividade física ou lúdica, desenvolve seu potencial e tem mais alegria em viver, atesta dona Maria Francisca Nakamura, mãe do jovem Ricardo Costa, 23 anos. Antes ele era triste e fechado, quase não saía de casa. Vivia no seu mundo isolado. Mas desde que entrou no curso de basquete da Semes sua vida mudou. Ele ficou mais ativo, alegre, vai na praia e vende bijuterias. Graças ao esporte e a ajuda dos professores. Todo mundo devia conhecer esse trabalho, declara Dona Francisca. Também os filhos de Maria de Lourdes Lopes e Nedy dos Santos Monteiro, treinam basquete. Meu filho fica ansioso para os dias de treinos. Desde que começou a praticar o esporte, há alguns anos, ficou uma pessoa mais aberta e extrovertida. Agora ele quer treinar capoeira, conta Nedy. Maria de Lourdes não tem do que se queixar. Meu filho melhorou sua qualidade de vida e fico feliz por isso. Acho que os cursos deveriam ser mais divulgado. Estar de bem com a vida tem sido uma constante na vida do casal de namorados Elaine Peres, 25 anos e Márcio Francisco Galvão, 20 anos. Eles são pessoas com necessidades especiais. Antes, ambos viviam isolados e sem perspectiva para o futuro. Eles se conheceram no curso de cerâmicas e pinturas da Prefeitura, mas foi na Seção de Esportes Adaptados que ganharam nova motivação pela vida. Praticam basquete juntos e saem para passear. Nós curtimos muitos e devemos muito ao esporte e aos professores. Aqui é como se fosse uma família, disseram eles.