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Serviço pioneiro da Saúde atende 900 pacientes em domicílio

Publicado: 5 de agosto de 2015
12h 58

Por complicações decorrentes da idade, Rosa Pérsico de Souza, de 101 anos, moradora do Embaré, não consegue mais andar e está acamada. Após descobrir um tumor e se submeter a uma cirurgia, Jacinto da Conceição, de 69, do Gonzaga, também tem dificuldades de se locomover sozinho.

Eles estão entre os cerca de 900 pacientes da Seção de Atendimento Domiciliar (Seadomi), da Secretaria de Saúde (SMS), serviço pioneiro realizado há 23 anos e referência em tratamento humanizado a acamados ou impossibilitados de acessar uma unidade de saúde.

“Nunca vi na minha vida um atendimento tão excepcional, carinhoso e humano, nem quando eu tinha plano de saúde. É como se fôssemos da família. Se não fosse esse serviço, não teria condições de pagar”, afirma Jacinto, atendido há quase dois anos.

Equipe

Voltado para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que tenham um cuidador responsável, o trabalho conta com equipe multidisciplinar composta por nove médicos, 13 enfermeiros, 32 auxiliares e técnicos de enfermagem, dois fisioterapeutas, dois nutricionistas, um assistente social e um farmacêutico, além de 12 motoristas e equipe administrativa.

São feitas visitas periódicas aos pacientes que, conforme o caso, variam entre duas vezes ao dia (no caso de tratamentos endovenosos), uma vez ao mês ou a cada três meses. “Conseguimos diminuir o tempo de internação e os riscos de infecções hospitalares quando o paciente se recupera em casa, perto da família”, diz o coordenador do Atendimento Domiciliar, Devanir Paz, salientando que em 2011 o Ministério da Saúde adotou o nome de Melhor em Casa para o programa no país.

O serviço acaba de ganhar 15 tablets do Ministério da Saúde, que agilizarão o registro dos atendimentos prestados. Serão utilizados no Prontuário Eletrônico dos Pacientes, a ser integrado ao novo sistema informatizado da SMS, em fase de implementação.

"Atendimento impecável"

Equipe, familiares e pacientes estreitam laços de confiança, o que contribui na evolução do tratamento e na qualidade de vida do usuário. Esposa de Jacinto, a dona de casa Kátia Aparecida Conceição, de 56 anos, destaca o respaldo que encontra no serviço público. “Como meu marido perdeu peso em razão da quimioterapia e da radioterapia, até uma nutricionista veio na minha casa. Deus põe anjos na nossa frente”.

Sobrinha e cuidadora de dona Rosa, Neuza de Abreu Persico, de 76, também fala da atenção dada pelos profissionais. “Ela é muito bem tratada, a equipe é carinhosa e atenciosa”, conta, ressaltando que aprendeu a cuidar da tia com a equipe. “Me ensinaram a fazer curativo, trocar a cama e dar banho com ela deitada. Agora cuido da minha tia de olhos fechados. Ela está há quatro anos na cama e não tem uma ferida no corpo”.

Como acessar o serviço

- É preciso morar em Santos; 
- Estar acamado, necessitando de acompanhamento médico; 
- Ter um cuidador (parente ou não), que assinará termo de compromisso e será o contato com a equipe e o responsável pelo paciente; 
- Solicitar o serviço na policlínica mais próxima da moradia do paciente ou após alta hospitalar do SUS, com relatório médico e cópia dos documentos do paciente (RG, CPF, cartão SUS e comprovante de residência) e do cuidador (RG), na Seadomi (Rua Barão de Paranapiacaba, 241, 1º andar, Encruzilhada - tel: 3225-8623), de segunda a sexta, das 8 às 12 horas e das 14 às 17 horas; 
- Moradores da Zona Noroeste contam com uma unidade de atendimento no PS ZNO, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 16h. O cuidador deve entregar os documentos no 1º andar do PS (Rua Ministro Agamenon Magalhães s/nº, Castelo) 
- Após a solicitação, é agendada visita para avaliação clínica e de admissão, sendo definida a melhor forma de atendimento pela equipe

Saiba mais

- Cerca de 2.300 procedimentos/mês são realizados, entre curativos, fisioterapias, coleta de exames laboratoriais, entre outros; 
- A SMS fornece os medicamentos e materiais de curativos prescritos pelo médico da equipe.

Foto: Ronaldo Andrade