Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Crianças e adolescentes são acolhidos para a vida

Publicado: 14 de agosto de 2015
17h 03

Ir à escola, depois fazer cursos, praticar esportes, passear no shopping, na praia. Funcionários da Secretaria de Assistência Social (Seas) e de entidades conveniadas se empenham para que crianças e adolescentes, separados da família por determinação judicial, levem uma vida mais próxima possível da antiga realidade.

A chefe da Seção de Acolhimento de Criança e Adolescente (SeAcolhe/CA), Ivanir Cocchi, explica que a prioridade do serviço é que esse jovem volte à família. Mas a decisão compete à Justiça.

Enquanto a pessoa permanece no serviço, o equipamento repete a rotina de um lar, com crianças e adolescentes tendo responsabilidades, inclusive na conservação da casa. “Eles têm horário para comer, quando passeiam tem hora para voltar e com o tempo percebem que esse limite que impomos é uma forma de carinho”.

Visita

A chefe da Seção de Abrigo de Criança e Adolescente (SeAbrigo/CA), Lucycleide Tavares de Almeida, confirma que impor limites dá resultados. “Regras da casa são definidas em assembleia, com a participação e voto das crianças e dos adolescentes. E a prova de que estamos no caminho certo é que muita gente que passou por aqui volta para nos visitar”.

Rede

Das 90 vagas pactuadas pela Seas com o Ministério do Desenvolvimento Social para esse serviço, 56 estão ocupadas. O atendimento é de pessoas de zero a 18 anos.

Saiba mais

O SeAcolhe/CA é uma casa de passagem que funciona como porta de entrada para crianças e adolescentes que estão na rua ou quando a rede entender ser caso de acolhimento. Podem ser encaminhados pelo Conselho Tutelar, Delegacia da Infância e Juventude ou Guarda Municipal. Já o ingresso no SeAbrigo/CA é feito exclusivamente por determinação judicial.

Adolescentes aprovam trabalho

Paulo, Pedro e João (nomes fictícios) são adolescentes e foram encaminhados ao SeAcolhe/CA por motivos diferentes, mas têm um objetivo comum: organizar suas vidas para saírem do acolhimento. Paulo é quem está há mais tempo no serviço: três meses. Está no 6º ano do ensino fundamental, faz curso de panificação e caratê.

“No começo eu estranhei, mas hoje eu vejo que eles (servidores) estão me ajudando”. Pedro entrou no acolhimento há dez dias, confessou não estar acostumado com tanta disciplina, mas reconhece que é necessário. “Eu quero voltar a estudar, refazer minha vida”. João chegou dia 12, mas apesar do pouco tempo disse estar gostando. “Todos me respeitam”.