Patrimônio cultural e ambiental centraliza debates em seminário
"Proteger o patrimônio natural não se limita à preservação ambiental, mas também a utilizá-lo de forma equilibrada para o desenvolvimento sustentável das comunidades". A posição foi defendida pelo oceonógrafo e gestor marítimo da Laje de Santos, Marcos Buhrer Campolin, durante o 1º Seminário sobre o Patrimônio Cultural, no Teatro Guarany (Centro Histórico). Iniciado na quarta-feira (14), o evento reuniu nesta quinta (15) profissionais de diversas áreas.
Campolim traçou um panorama dos biomas brasileiros como a Mata Atlântica, que ainda resguarda 9% da biodiversidade original, APAs (áreas de proteção ambiental) no litoral paulista, além do Parque Estadual Japuí/Xixová e do Núcleo Itutinga/Pilões, reservas ecológicas. “É importante conscientizar as comunidades sobre o assunto”, disse ele, citando como exemplo o Programa Rede do 3º Setor de Cananéia em índios, quilombolas e caboclos são inseridos nos projetos extrativistas e de manejo sustentáveis, criando cooperativas, associações de pesca, artesanato, produção agrícola e unidades de conservações ambientais.
O tema Projeto Remangue foi abordado pelo coordenador pelo biólogo e professor da Unisanta Fábio Giordano, que realiza um programa de replantio para recomposição dos manguezais da região. O ciclo de palestras foi encerrado com o tema “O patrimônio arquitetônico e a cidade – a preservação e a renovação’.
Abertura
Na abertura do evento, houve apresentação do Quarteto de Cordas Martins Fontes e lançamento da "Cartilha do Patrimônio Cultural, produzida pelo Condepasa (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos). Na seqüência, foi realizada a palestra ‘Patrimônio e valores’, do arquiteto e urbanista Leonardo Barci Castriota. O seminário teve o patrocínio da Associação de Arquitetos e Engenheiros de Santos, Vitruvius (portal de arquitetura), Assecob e Unisanta, com apoio da prefeitura.