Aquário abre mostra de fotos sobre albatrozes

A cada cinco minutos um albatroz morre no mundo devido à pesca, quantidade que, somente no Brasil, chega a 10 mil por ano e alcança a cifra de 100 mil no mundo, de acordo com publicações internacionais especializadas. Para alertar a população sobre esse problema, que colocou 22 espécies dessa ave em ameaça de extinção – seis delas do país -, o Aquário Municipal abre nesta quinta (17), às 11h, exposição de fotografias, em parceria com o Projeto Albatroz.

A mostra, que abre o ciclo de comemorações dos 20 anos dessa ONG, poderá ser apreciada no tanque oceânico do Aquário. São fotos de espécies de albatrozes e petréis, de autoria dos fotógrafos Luciano Candisani e Fabiano Peppes, além de uma ave produzida em fibra, compondo o painel do artista santista Alexandre Huber. Dois banners com informações sobre a ONG completam a mostra, que poderá ser apreciada até o final de março e depois seguirá para outros locais na cidade.

Criado em 1991 em Santos, o Projeto Albatroz atua para reduzir a captura não intencional de albatrozes e petréis pela pesca de espinhel, técnica utilizada principalmente para capturar atuns, cações e espadartes (meca) – o incidente acontece quando as aves tentam comer as iscas, são fisgadas e morrem afogadas.

Uma das alternativas propostas pela ONG é o uso do toriline, formado por cabo de náilon com fitas coloridas fixado na popa da embarcação, o que espanta as aves. O toriline aumenta a produtividade da pesca em 15% e diminui a mortalidade das aves em 60%, segundo técnicos da ONG.