Van oftalmológica atende quase 200 alunos da rede municipal santista
O Projeto Futuro Com Visão, retomado em setembro de 2025, encerrou o ano com 194 crianças entre 5 e 6 anos avaliadas na van oftalmológica equipada para a iniciativa, fruto de convênio entre a Secretaria de Saúde de Santos e a Casa da Visão, mantida pelo Rotary Club de Santos-Oeste.
Destas, 73 tiveram óculos prescrito (37,6% dos atendimentos) e direito à escolha da armação, já que o acessório, essencial para garantir uma boa aprendizagem, é fornecido gratuitamente.
Para 2026, a intenção é ampliar a quantidade de escolas visitadas e também a faixa etária das crianças assistidas, chegando até as que completaram 7 anos. O projeto é facilitado pelo Programa Saúde na Escola, que reúne profissionais das secretarias de Saúde e Educação.
“Tivemos uma boa integração com os profissionais da Educação, que foram treinados e aplicaram os primeiros testes de acuidade visual. Depois, os alunos que apresentaram alguma dificuldade passaram pela van. Esse cuidado é essencial para um melhor aproveitamento escolar, a base para um futuro profissional promissor”, destacou o secretário de Saúde, Fábio Lopez.

A bem-sucedida parceria também foi apontada pela vice-prefeita e secretária de Educação, Audrey Kleys. "Quando unimos Saúde e Educação, entregamos ótimas possibilidades. O Rotary Club de Santos Oeste e a Casa da Visão são parceiros que nos ajudam a transformar cuidado em oportunidade real para as nossas crianças porque aprender bem também passa por enxergar bem".
Todos os atendimentos foram realizados pela oftalmologista Leticia Lunardi. “Eles ficam encantados com os equipamentos, acham tudo muito diferente e divertido. A cadeira que sobe e desce vira quase uma atração. Alguns sentem um pouco de medo no começo, mas logo se soltam e participam com curiosidade. É bonito ver como, mesmo tão novos, entendem que estão cuidando da própria saúde”, destaca a profissional.
COMO FUNCIONA
Em 2025, o projeto Futuro com Visão beneficiou alunos da rede municipal de ensino com 5 e 6 anos, previamente triados pelos educadores com suspeita de ambliopia, também conhecida como olho cansado. Trata-se da perda funcional da visão em um olho, que pode ocorrer por estrabismo, erros de refração (diferença de grau dos olhos) ou outros problemas oculares. Se não forem tratados na infância e em faixa etária adequada, os problemas se tornam permanentes, já que o desenvolvimento da visão cessa entre os 8 e 9 anos.

A estimativa é que a ambliopia acometa de 3% a 6% da população e nem sempre é fácil de identificar, uma vez que, com os dois olhos abertos a criança pode não sentir dificuldades e nem apresentar queixas. Isso só ocorre quando um dos olhos é tampado.
Para realizar a triagem de forma correta, os educadores foram capacitados pela Casa da Visão. Após triagem realizada pela escola, os alunos que apresentaram algum tipo de dificuldade em relação à acuidade visual serão avaliados na van oftalmológica que pertence à Secretaria de Saúde.
O oftalmologista emite uma receita e os responsáveis pelas crianças devem levá-la à Casa da visão para a escolha do modelo e cor da armação do óculos. O pedido é emitido ao laboratório e, em cerca de 15 dias, a entrega do óculos é realizada. A periodicidade de retorno ao oftalmologista, com profissional da Prefeitura que atua na Casa da Visão, dependerá do critério médico a cada caso avaliado.
Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS
Fotos: Carlos Nogueira