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Seminário da Saúde aborda o atendimento a mulheres vítimas de violência

Publicado: 27 de novembro de 2025
15h 05

A Secretaria Municipal de Saúde realizou, quinta-feira (27), na Universidade Metropolitana de Santos, o seminário Enfrentamento à Violência contra a Mulher: Ações, Caminhos e Fluxos de Atendimento, voltado a trabalhadores da saúde.

O público foi capacitado sobre o entendimento de que nem sempre a violência sofrida pelas mulheres é física. Além disso, a ação buscou incentivá-lo a compreender a importância do atendimento humanizado e do olhar crítico sobre as mulheres que chegam acompanhadas. “Falar de violência não é constrangimento. As mulheres foram acostumadas a achar que a violência é culpa delas, e não é”, afirmou Renata Bravo, secretária de Desenvolvimento Social.

Diná Ferreira, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, apresentou as características e diferentes tipos de agressões e discorreu sobre a lei Maria da Penha, exemplificando outros tipos de violência, como psicológica, sexual ou patrimonial. “Violência patrimonial é muito comum, principalmente quando a mulher quer romper a relação. Tínhamos casos onde a mulher liberava as contas pro marido, pois ele quem pagava as contas, mas, no fim, ele não pagava conta alguma”.

Ela destacou que, por vezes, nem a vítima e nem o próprio agressor não enxergam a violência. “O enfrentamento a violência não é um problema só da mulher, e sim de todos nós. Precisamos de educação contra o machismo, redes de apoio efetivas, políticas públicas como este encontro, que previnam. Nos podemos mudar, tentar diminuir essa questão tão grave e presente na vida de alguma mulher”.

De acordo com o secretário de Saúde, Fábio Lopez, é necessário integrar as ações do Estado e expandir o atendimento às pacientes vítimas de violência. "O caso que chega na UPA talvez seja o fim da linha, o esgotamento, mas podemos atuar de maneira importante usando as estratégias de saúde na família para poder fazer este acompanhamento. Além disso, devemos ter uma reflexão ampla, não devemos tolerar qualquer tipo de violência doméstica contra a mulher"

"Por mais que o estado e a saúde façam suas partes, precisamos, como sociedade, lutar contra qualquer preconceito e atuar de forma a denunciar qualquer uma dessas práticas”, acrescentou Lopez.

DATA

O dia 25 de novembro foi a data definida pela ONU para marcar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher. A data homenageia as irmãs Mirabal, assassinadas em 1960, na República Dominicana, por ordem do ditador Rafael Trujillo. A data reafirma o compromisso do Poder Judiciário com a eliminação da violência doméstica, violação grave de direitos humanos e um dos principais entraves ao ODS 5 - Igualdade de Gênero.

Entre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o ODS 5 é reconhecido internacionalmente como eixo estruturante da Agenda 2030, pois sem igualdade e segurança para mulheres e meninas não há desenvolvimento sustentável, prosperidade econômica ou justiça social.

Já o ODS 3 visa garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todas as pessoas em todas as idades. Para isso, ele estabelece metas como: reduzir a mortalidade materna e infantil, acabar com epidemias de doenças transmissíveis, reduzir mortes por acidentes de trânsito e garantir o acesso a cuidados de saúde de qualidade e a medicamentos seguros.

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS