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Busca da esporotricose coleta sangue de gatos na Zona Noroeste de Santos

Publicado: 13 de novembro de 2025 - 12h13
PORTAIS

Na primeira busca ativa de animais com suspeita de esporotricose, doença causada por um fungo e que pode ser transmitida a humanos, nesta quarta (12), agentes de zoonoses do Centro de Controle de Zoonoses e Vetor e a equipe da Coordenadoria de Defesa da Vida Animal visitaram 30 domicílios. Quatro gatos com lesões suspeitas tiveram amostra da ferida coletada para análise laboratorial e os tutores receberam o antifúngico itraconazol para o início imediato do tratamento no animal, que deve permanecer em isolamento.

A iniciativa, fruto de uma parceria entre as secretarias de Saúde e Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, foi realizada no São Manoel, que lidera as notificações da doença em animais no ano de 2025. Ao todo, Santos registra 53 casos de gatos confirmados com esporotricose em 2025, sendo 19 no bairro. Em humanos, foram registrados três casos.

Os profissionais realizaram visita casa a casa no entorno dos domicílios onde já há casos positivos da doença, que pode ser transmitida aos animais a partir do solo, habitat natural do fungo causador da infecção, e também pela convivência com animal contaminado.

COMUM

A esporotricose é mais comum nos pets semi domiciliados, aqueles que passam parte do tempo fora de casa. Uma vez contaminado, o animal pode transmitir a doença ao humano. A busca ativa tem como objetivo identificar casos suspeitos, realizar o monitoramento da doença nos animais e oferecer o tratamento em tempo oportuno.

O grupo de Informação, Educação e Comunicação (IEC) abordou os moradores  com entrega de folheto explicativo. Em casos de suspeita da doença em humanos, a orientação é procurar o serviço de saúde para confirmação ou descarte do diagnóstico e início do tratamento. Importante lembrar que a esporotricose é uma doença de notificação obrigatória pelos serviços de saúde à Seção de Vigilância Epidemiológica de Santos.

A DOENÇA

Causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis, comumente encontrado no solo, a esporotricose pode acometer homens e animais. É uma infecção fúngica, que geralmente atinge a pele e os vasos linfáticos, mas também pode afetar órgãos internos. A transmissão ao homem ocorre a partir do contato do fungo com a pele, principalmente por mordida ou arranhadura de animais contaminados, ou por meio de feridas causadas por espinhos de plantas, palhas e lascas de madeira.

Nos animais, costumam aparecer lesões que liberam secreções e formam crostas, mas que não cicatrizam, em especial na face, orelhas, nariz e membros. Em casos mais graves, acometem o sistema respiratório desses animais. Havendo suspeita de esporotricose, o animal deve ser levado imediatamente ao veterinário para diagnóstico e tratamento. Nos humanos, as lesões se apresentam em formato de nódulos isolados ou enfileirados ou feridas. Em seres humanos, normalmente a infecção é benigna e se limita à pele.

As regiões mais acometidas são as que ficam mais expostas, como face, braços, mãos, pernas e pés. Raramente ocorre cura espontânea e os casos costumam demandar tratamento prolongado. Há casos mais raros, em que a doença pode acometer outros órgãos, por disseminação na corrente sanguínea, estando associados a pessoas com baixa imunidade. Após a introdução do fungo na pele, há um período de incubação, que pode variar de poucos dias a três meses, podendo chegar a seis meses. Somente após este período as feridas se manifestam.

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS