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Evento em Santos busca conscientizar sobre saúde da pessoa idosa

Publicado: 16 de setembro de 2025 - 13h59
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Nesta terça-feira (16), foi realizado o Simpósio da Saúde da Pessoa Idosa, no auditório do Centro de Aprendizagem e Mobilização Profissional e Social (Camps). O evento, organizado pela Secretaria de Saúde, teve a presença de diversos representantes de diferentes instituições para debater o tema, com objetivo de melhorar a saúde dessa população e capacitar os profissionais da área nos cuidados com esse público.

O simpósio iniciou com o tema “Doença de Alzheimer: Desafios Sociais e de Saúde Pública”, com a biomédica Tamires Alves, 35. Ela explicou sobre os principais desafios enfrentados no sistema público de Saúde em relação aos diagnósticos precoces e subdiagnósticos do Alzheimer, além das dificuldades dos cuidadores e familiares que muitas vezes não possuem um suporte adequado para acompanhar este paciente.

“Lutamos diariamente para acabar com o estigma e o preconceito. Precisamos entender o que são as demências e o Alzheimer para podermos ajudar não só o paciente e a família, mas a sociedade como um todo”, destacou Janice Ventura, 59, neuropsicóloga. A especialista explicou sobre as formas de diagnóstico para compreender o estado ou avanço da doença no idoso. Ela apresentou dois métodos de avaliação global das funções cognitivas: Montreal Cognitive Assessment (Moca), uma folha de perguntas que pode ser aplicada por qualquer um, e o Mini-Exame do Estado Mental (MMSE, na sigla em inglês), uma ferramenta de triagem breve, utilizada para avaliar o funcionamento cognitivo e detectar possíveis comprometimentos. “São diversos casos que podem levar à desorientação na população idosa. Às vezes, a pessoa pode ter diabetes descompensada. E o que impacta para ela ficar descompensada? Idosos normalmente ingerem menos água do que deveriam. O idoso que chega na UPA desnorteado pode estar com princípio de Alzheimer, ou apenas desidratado”, explicou a neuropsicóloga.

Além disso, ela destacou que a depressão é devoradora de memórias. O idoso pode não estar demenciando ainda mas, por conta da depressão, pode parecer que ele já está com avanço de doença.

“Nós estamos promovendo o simpósio em prol do Dia Internacional da Pessoa Idosa. Sabemos que 26% da população de Santos são de pessoas idosas, então quando falamos da saúde desta população, ela é ampla e complexa, necessitando de um cuidado específico. O objetivo desse evento é trazer o conhecimento e atualização, considerando que essas novidades e informações são importantes aos profissionais de saúde e outros trabalhadores que têm contato com pessoas mais velhas", pontuou Renato Matos, enfermeiro do grupo técnico de Saúde do idoso.

Maria Luiza Lens, 64, educadora física, apresentou dados evidenciando que a prática de atividades físicas é um fator protetor contra doenças crônicas, além de ser uma alternativa não farmacológica. A hospitalização é 34% menor em pessoas que praticam atividades físicas.

A profissional explicou a necessidade da liberação dos hormônios durante os exercícios, que atuam nos neurônios, protegendo o cérebro e auxiliando na comunicação dos neurônios. Pacientes com Alzheimer apresentaram melhoras em relação à perda de memória quando praticam atividades físicas. “Além da parte física, isso ajuda na socialização, eles conversam e desabafam, então toda essa interação ajuda o idoso a perceber que tem um mundo fora de casa, porque muitas vezes ele pode estar sozinho em casa há muito tempo”.

A assistente social Kelly Ferracini explicou o papel essencial do Centro de Referência Especilizado em Assistência Social (Creas) na ajuda e manutenção da saúde física e de integridade dos idosos, ao ofertar atendimento a famílias e indivíduos com seus direitos violados em maior grau que os de proteção básica, cujos vínculos familiares e comunitários, embora fragilizados, ainda não foram rompidos.

Acolhimento, escuta ativa, atendimento psicossocial a indivíduos, referência e contrarreferência com a rede socioassistencial fazem parte do serviço de suporte do setor aos idosos e à saúde emocional e psicológica desse público.

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS

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