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Saúde distribui material educativo sobre leishmaniose em policlínica de Morro de Santos

Publicado: 11 de agosto de 2025 - 14h05

O público que esteve na manhã desta segunda-feira (11) na Policlínica da Nova  Cintra recebeu orientações sobre leishmaniose visceral canina (LVC). Equipes da Secretaria de Saúde (SMS) distribuíram panfletos com informações sobre a doença, sintomas nos animais, formas de transmissão, cuidados preventivos e a importância do diagnóstico precoce.

O objetivo é informar tudo sobre a leishmaniose e evitar a doença no animal, uma vez que os casos positivos em Santos ocorrem em regiões mais próximas a matas, como nos Morros. “O trabalho que vocês estão realizando hoje é muito importante, para todos que tem seus animais poderem conhecer mais sobre essa doença e saber os cuidados que precisamos ter com os nossos bichinhos”, afirmou Wilson Santos, que estava na unidade de saúde.

O protozoário causador da doença é transmitido pelo mosquito-palha, sendo mais comum o da espécie Lutzomyia longipalpis. Esta espécie não foi localizada em Santos. O governo estadual afirma que a transmissão se dá por 'vetores secundários', ou seja, mosquitos-palha de outras espécies.

Desde 2015, Santos registrou 155 casos de Leishmaniose Visceral Canina. Atualmente, 26 cães convivem com a doença na Cidade, recebem tratamento e são monitorados.

SINTOMAS

Os sintomas, que costumam aparecer de dois a três anos após a infecção pelo parasita, são pele e mucosas com feridas; queda de pelos da orelha e em volta do nariz; emagrecimento e crescimento exagerado da unha. Com o avanço da doença, órgãos internos como fígado, baço e pulmão são afetados.

Munícipes cujos cães apresentem sintomas de leishmaniose visceral canina devem procurar atendimento veterinário. Na rede pública, a opção é a Codevida (Av. Francisco Manoel s/nº,  Jabaquara), de segunda a sexta, das 8h às 16h. Telefones: (13) 3203-5593 e (13)3203-5075

LINHA INTEGRAL DE CUIDADO

Desde o registro do primeiro caso de cão com leishmaniose na Cidade, em 2015, Santos realiza um trabalho integral contra a doença, que cobre investigação do vetor, notificações, investigação sorológica, ações de prevenção e tratamento aos cães infectados. Nunca houve registro de leishmaniose em humanos na Cidade.

Ações de Santos para a prevenção e controle da Leishmaniose

  • Investigação do vetor: embora existam casos positivos de leishmaniose em cães na Cidade, o mosquito-palha até hoje não foi encontrado no Município. Desde 2015, a Secretaria de Saúde atua em parceria com o governo estadual, em buscas nas matas, com armadilhas próprias para atrair e reter o inseto transmissor
  • Notificações: clínicas veterinárias particulares e a Codevida notificam o Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) sobre casos de Leishmaniose. O setor inicia a investigação sorológica com coleta de sangue no animal e envio da amostra para o laboratório Adolfo Lutz, referência para a confirmação dos casos
  • Investigação em outros animais: uma vez identificada a doença em algum animal, o CCZV faz uma busca ativa de outros cães que possam conviver no mesmo espaço do contaminado e também dos que estão a um raio de 100 metros de diâmetro. É colhido o sangue e enviado ao Adolfo Lutz
  • Tratamento: atualmente, 26 cães com leishmaniose recebem tratamento para controle da carga parasitária. O tratamento dura 28 dias, sendo realizado exame de sangue 3 a 4 meses depois do fim para verificar a resposta do organismo ao medicamento. Com a carga parasitária baixa, o risco de transmissão é menor. Todos foram microchipados, de forma que se houver fuga do animal, por exemplo, é possível identificar o seu paradeiro
  • Coleira com repelente: todos os cães identificados com leishmaniose recebem uma coleira com repelente de forma a prevenir que o inseto o pique e se torne transmissor da doença para outros animais e pessoas
  • Capacitação: Os agentes de controle de endemias e demais profissionais de saúde da rede municipal passam por capacitações periódicas, a fim de se tornarem multiplicadores de informação para a população
  • Orientação: os munícipes cujos animais foram investigados são orientados a manter os ambientes externos livres de material orgânico (fezes, folhas) que atraem o inseto; manter as janelas teladas e usar repelente, em especial no fim da tarde e de noite, períodos de mais atividade do mosquito-palha.

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da  ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS.