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Mercado de Peixes: tradição caiçara que movimenta a economia e o turismo em Santos

Publicado:
22 de março de 2025
9h 28

Ele abriu as portas em 2020, em plena fase de flexibilização da quarentena de covid-19. Naquele momento, o acesso era restrito a 40% da capacidade, inclusive com medição de temperatura dos frequentadores para verificar se apresentavam febre. Cinco anos depois, o Novo Mercado de Peixes de Santos é um sucesso que recebe cerca de 7,2 mil pessoas por mês, número que cresce em períodos tradicionais de consumo, como Semana Santa, réveillon e nos periódicos festivais de vendas de pescados.

Ostentando em seus boxes camarões dos mais variados tamanhos, passando por polvo, ostras, frutos do mar em geral, caranguejo, salmão, meca, cação, pescadas em geral, tainha, sardinha, manjuba e uma longa lista de espécies frescas, o equipamento marco de uma cidade litorânea de tradição caiçara tem pra lá de cinco anos.

Antes de funcionar no moderno prédio da Avenida Mário Covas, 3.050, sendo construído sem custos para a Prefeitura, como parte das intervenções da Nova Ponta da Praia, o Mercado funcionou desde 1982 na Praça Almirante Gago Coutinho, também na Ponta da Praia, onde permaneceu por 38 anos, até ser transferido para o atual prédio.

A modernidade da construção projetada especificamente para a venda dos pescados, se apresenta em um ambiente de dois mil metros quadrados, totalmente climatizado e com sistema de drenagem dotado de separador de escamas e filtro para evitar o odor na vizinhança, além câmara fria para armazenamento de gelo e área refrigerada para detritos.

Maior que a antiga sede, o Novo Mercado comporta 20 boxes (eram 15), e no mezanino conta com o Restaurante Paru, uma espécie de fast food de pratos de peixes exclusivamente brasileiros, propriedade do premiado chef Dario Costa.

Produtos fresquíssimos, higiene e preços competitivos são fatores que atraem os consumidores. Reconheça-se nessa conta o elemento humano: comerciantes e funcionários sorridentes que abordam e atendem os visitantes com simpatia e educação para literalmente ‘vender o peixe’. Mais: a farta quantidade de produtos brilhando nas bancas é uma atração à parte, capaz de surpreender crianças e tornar quase irresistível o registro em fotos para postar em redes sociais.

Um espaço movimentado e atraente, com gente dedicada, clientes fiéis e novos consumidores chegando a todo momento.  Assim poderia ser resumida em duas linhas uma definição do Mercado de Peixes de Santos. Mas fica muito melhor ouvir de quem está lá há muito tempo, de um lado ou de outro do balcão.

Há três décadas o comerciante Pedro Jorge acompanha de perto a rotina e a transformação do espaço.  “A mudança foi muito boa. Acho que não só pra gente, mas para a Cidade. Porque ganhamos mais espaço, melhor higiene e qualidade de conservação para o peixe. O cliente também tem mais espaço. Antigamente, quando era aberto, a chuva podia molhar a clientela e prejudicar nossas vendas. Hoje recebemos pessoas de São Paulo, São Bernardo do Campo e até de Minas Gerais, que vêm até aqui e encontram esse ambiente adequado”, disse o ele, que administra o Box Irmãos Mandu em conjunto com seus dois irmãos.

Confirmando as palavras de Pedro Jorge, o casal Flávio e Estela Cosme Martins, do bairro de Perdizes, em São Paulo, foi ao Mercado esta semana para garantir o peixe que será consumido na Semana Santa. “É um espaço agradável. Gosto muito da qualidade do pescado vendido aqui”, disse Estela. “Além disso, é bem organizado e com um bom atendimento”, complementou Flávio.

Gerente do box Emanuel Pescados, Mikael Andrade destaca a infraestrutura do local. “Todo mundo quer ter uma igual, mas só o nosso é padrão Fifa”, brinca o comerciante que atua há 15 anos na área.

Coordenador do estabelecimento, Paulo Lima afirma que o Mercado de Peixes, é um importante ponto de atividade econômica e turística da Cidade. “Trata-se de um símbolo cultural da atividade pesqueira que atrai milhares de visitantes durante o ano inteiro, há quatro décadas, preservando costumes e tradições e com grande importância na economia, movimentando e gerando trabalho e renda. Com estrutura moderna, restaurante conceituado, grande diversidade de peixes e frutos do mar, o local se destaca por ser um ambiente típico santista, familiar e atraente”.

O Mercado de Peixes de Santos funciona de terça a sábado, das 7h às 18h, e aos domingos, das 7h às 15h. O estacionamento tem capacidade para 40 veículos.

 

Fotos: Carlos Nogueira, Francisco Arrais, Henrique Teixeira, Raimundo Rosa e acervo Fams

 

Esta iniciativa contempla os itens 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico), 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), 12 (Consumo e Produção Responsáveis) e 14 (Vida na Água). Conheça os outros artigos dos ODS.