Agentes e drone vistoriam sambódromo de Santos em busca de focos do Aedes
Para garantir um Carnaval seguro aos foliões de Santos, agentes de combate a endemias do Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) realizaram, terça-feira (18), vistoria na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz em busca de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Durante a ação, os agentes encontraram e eliminaram focos com larvas do mosquito em banheiros químicos e caixas de passagem. Também aplicaram larvicida em pontos com acúmulo de água, garantindo que a folia aconteça sem riscos à saúde.

O ‘abre-alas do desfile’ foi o drone do CCZV, ferramenta essencial no combate ao mosquito. O equipamento sobrevoou áreas de difícil acesso, como pontos elevados ou bloqueados por barreiras físicas, auxiliando na identificação de criadouros. Além disso, as imagens captadas servem como documentação para ações de fiscalização e notificações.

O veterinário do CCZV, Marcelo Brenna do Amaral, responsável por pilotar o drone, destacou a importância da ação preventiva. “Queremos nos certificar de que não há nenhum acúmulo de água antes dos desfiles. Como haverá muita gente no local, nosso trabalho é evitar que os foliões sejam picados pelo mosquito e que ocorra transmissão da dengue”.

Além dos cuidados com a estrutura e a montagem da festa, os carros alegóricos e adereços das escolas de samba também precisam de uma atenção especial. Segundo Brenna, após os desfiles essas estruturas podem acumular água da chuva, tornando-se potenciais criadouros. “Já encontramos água parada em alegorias feitas de garrafas PET e em lonas plásticas. É fundamental que esses materiais sejam inspecionados e esvaziados após o Carnaval”, ressaltou.
O DRONE
O equipamento é usado em operações especiais da Secretaria de Saúde de Santos desde 2020 em áreas de difícil acesso das equipes, como em imóveis fechados. Pode ser acionado tanto por solicitações da população, via Ouvidoria do Município (telefone 162 ou www.santos.sp.gov.br/ouvidoria), quanto por iniciativa dos próprios agentes de combate a endemias, quando percebem a necessidade durante as inspeções.
Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e Bem-Estar. Conheça os outros artigos dos ODS
Fotos: Raimundo Rosa