Central do Samu em Santos completa um ano de atividade
Um trabalho fundamental que ajuda diariamente a salvar vidas ou reduzir sequelas de pacientes vítimas de casos graves. Este é o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), cuja central regional - Litoral Centro Norte - funciona há um ano em Santos, sendo responsável pela regulação do atendimento de urgência e emergência no município, além de Guarujá e Bertioga.
O serviço, que abrange uma população de cerca 760 mil pessoas numa área de 913 km², entrou em operação no dia 13 de agosto de 2011. Desde então, foram recebidos nas três cidades 69.739 chamados telefônicos, com 51.791 saídas de ambulâncias, priorizando-se os casos mais graves e que representam risco de vida. Entre as principais ocorrências estão ferimentos e traumas, e problemas cardiorrespiratórios, a exemplo de ataques cardíacos.
A central conta com equipe médica de regulação para fazer a triagem dos casos que necessitam do envio de ambulância e escolha do veículo adequado para cada atendimento. “Por isso, são solicitadas informações pelo atendente. Em seguida, o médico de regulação pede informações mais aprofundadas e orienta quem fez o chamado até que a ambulância chegue ao local”, explica a médica Cláudia Fernandes, responsável pela central do Samu.
O tempo-resposta médio - intervalo entre o chamado e a chegada da ambulância - para os casos de urgência e emergência é de 12 minutos.
Uma das pessoas beneficiadas foi Wilson Vieira, 75 anos, morador da Encruzilhada. No dia 6 de março, ele sofreu uma queda de escada enquanto mexia no armário e sofreu traumatismo. “Minha esposa ligou para o plano de saúde, que não cobria ambulância, e então acionou o Samu, que chegou em menos de cinco minutos. Fui muito bem atendido”, diz Vieira, que fraturou duas cervicais e hoje se recupera sem sequelas. “Se alguém tivesse mexido em mim de forma errada, poderia ter complicado minha situação”.
Estrutura
Em Santos, o Samu teve início com cinco ambulâncias cedidas pelo Ministério da Saúde. A administração municipal completou o serviço com mais quatro veículos da frota própria e, atualmente, o trabalho é composto por oito a nove ambulâncias, sendo uma de suporte avançado e as demais, básicas.
A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) já solicitou ao governo federal o envio de mais uma ambulância avançada e duas básicas. A prefeitura também está em processo de compra de outras três ambulâncias.
Na cidade, o trabalho é composto por 140 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagens, radioperadores, atendentes, motoristas e funcionários administrativos.
Quando acionar
O Samu (telefone 192) funciona 24 horas e trabalha de forma integrada com o Corpo de Bombeiros (193). A central 192 deve ser acionada nos casos de acidentes de trânsito com atropelamento, acidentes vasculares encefálicos (derrame cerebral), suspeita de parada cardíaca, dor súbita no peito, crise convulsiva, queda acidental, desmaio, intoxicações, envenenamentos, queimaduras, sangramentos – hemorragias, ferimentos com objetos penetrantes, traumas (tórax, abdômen, crânio e fraturas) e trabalho de parto.
Os casos de acidentes de trânsito com pessoas presas em ferragens, tentativas de suicídio, incêndios, salvamentos aquáticos, desabamentos e choques elétricos, são atendidos em conjunto com a central 193 (Bombeiros).