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Alunos da Edméa Ladevig têm cuidado especial com a escola

Publicado: 21 de março de 2013
18h 00

Na escola Edméa Ladevig, a palavra 'cuidar' é hábito diário dos cerca de 500 alunos do 6º ao 9º ano e da EJA (Educação de Jovens e Adultos). É o projeto 'Nossa escola, nossa cara', cujo objetivo é preservar o patrimônio público e propiciar um ambiente favorável à aprendizagem.

A iniciativa criou o sentimento de pertencimento nos alunos, mas isso não foi conquistado da noite para o dia, conta a diretora Miriam Blum Cardoso. Foi trabalho a longo prazo desenvolvido por ela e equipe durante 12 anos. O reflexo não é difícil notar - a escola é limpa e bem conservada.

"Aqui temos um lema: quebrou, tem que consertar. O aluno entende que a escola é dele. Eles mesmos falam se há mesa riscada, se o ventilador está quebrado. Não se quebra uma cadeira há dois anos e não tem pichação. Há respeito e regra, hora de brincar, se divertir e aprender", conta a diretora, lembrando que há anos a unidade era conhecida pelo vandalismo. Segundo ela, tudo é decidido em conjunto. "Nada é imposto. Colocamos espelhos nos lavatórios do pátio e nos banheiros porque eles pediram e está tudo conservado".

Estudantes entendem seu papel
Na vitalidade própria da idade, os alunos entendem seu papel. "Ajudamos a arrumar as cadeiras e a manter a higiene do colégio, a não riscar a carteira, nem colocar chiclete embaixo da mesa. Em vez da escola durar dez anos, vai durar 20, 30, 40. Por que vou destruir o que outros podem usufruir?", diz Kaio César Meireles, 14 anos.

Jaqueline Vieira, 14, também é consciente. "Aqui é nosso ambiente de estudo. Uma escola organizada é melhor para estudar". Para Aisley Matheus, 13, "a escola estando bem, ficamos bem. Também evitamos falar palavrão". Já Beatriz Rezende, 13, 'fiscaliza'. "Ficamos de olho nos colegas". E Jhonatan Lopes, 13, ratifica: "Tomamos conta do que é nosso".

Para a professora de educação especial na unidade, Valéria Paixão, trabalhar ali é um grande prazer. "Fico encantada, há tempos não via as crianças tendo respeito com o patrimônio. Elas se sentem parte da escola", afirma, ressaltando a diversão saudável existente no local. "O recreio é gostoso, tem música e é todo mundo feliz".