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Por filhos, mulheres vencem o crack

Publicado: 17 de outubro de 2013
15h 36

Na vida, é mais fácil e rápido destruir do que construir. Na Seção Abrigo para Adultos, Idosos e Família (SeAbrigo-Aif), quatro mulheres tentam reconstruir suas vidas após várias perdas. Psicólogos e assistentes sociais da Seas (Secretaria de Assistência Social) fazem um trabalho paciente. Sabem que as marcas da rua, sejam elas o vício das drogas ou o descompromisso social, são difíceis de serem apagadas.

J.F. é uma dessas mulheres. Aos 30 anos, passou metade da vida na rua. Consumiu e foi consumida pelo crack por 20 anos, se prostituiu e perdeu a guarda de seis filhos, de quatro não tem qualquer informação. Mas tudo mudou em 12 de novembro de 2012, quando nasceu a caçula. “Não sei explicar a força desse amor, mas o medo de perder minha filha me fez parar (de usar crack)”. E ela o fez sem tratamento médico, contou só com o apoio dos profissionais da Seas. Hoje faz planos: matricular a filha na creche e entregar as encomendas de costura, seu novo trabalho.

A história de M.N. não é muito diferente. Aos 14 anos conheceu o crack e por causa da droga perdeu a família. Só descobriu a gravidez aos 7 meses, mas a notícia a motivou a "parar com tudo de errado". Cuidando da filha de 2 meses e "limpa" há 4 meses, faz planos de trabalhar e depois apresentar a menina para a família, que vive em Santo Amaro. "Só quero fazer isso depois de estar trabalhando".

Serviço

A SeAbrigo-Aif fica na rua General Câmara, 249, tem capacidade para 30 pessoas e está completa. A unidade só recebe pessoas encaminhadas pela Seção de Acolhimento para Adultos, Idosos e Família. Na SeAbrigo-Aif, eles continuam com um plano individual de atendimento e são inseridos em oficinas de qualificação profissional. O objetivo é conseguirem autonomia para saírem do abrigamento.