Feijão na Rua atrai santistas e até turistas de cruzeiros marítimos
Até estrangeiros em trânsito no navio MSC Splendida aproveitaram o Projeto Feijão na Rua, realizado neste sábado (23), no Centro Histórico, que desta vez inovou com um desfile de três jovens da ong Raízes Corticeiras, mostrando ao público itens comercializados na feira de arte e artesanato instalada no Bulevar da Rua XV de Novembro.
O evento, com última edição no próximo dia 30, teve ainda como destaque apresentação do Quarteto de Cordas Martins Fontes, grupo de música popular brasileira na Rua XV e o Espaço ‘Café com Leite’, no Museu do Café, especialmente dedicado às crianças. Rebeca Reis e as irmãs Tábata e Talita Martins, da ong que integra a Associação dos Cortiços do Centro, fizeram as vezes de modelo e circularam entre os visitantes com batas, túnicas e camisetas em tie-dye produzidas por Pedro e Elisa Cohen; arte em vidro e bijouterias de Valéria Vieira e Cleofaz Hernandez; bolsas em tecido e couro, em criações de Clayton e Nívio Mota, e peças em cerâmica, de Mali Menezes, entre itens de vários outros artesãos.
Os restaurantes parceiros da Setur (Secretaria de Turismo) na iniciativa também comemoraram o sucesso. Bodegaia, Largo do Café e Tasca do Porto, que inova com a feijoada portuguesa, ficaram lotados. “O movimento, nas três edições do Feijão na Rua, foi muito bom e aumentaram bastante os telefonemas durante a semana para saber do projeto”, diz Guilherme Brum, gerente do Tasca do Porto. Ele estima que o movimento aumentou cerca de 30% nos últimos sábados, por conta da iniciava municipal.
Vai terminar?
Turistas - e mesmo santistas – já se posicionaram a favor de tornar permanente o Feijão na Rua. “As pessoas até se surpreendem ao ser informadas que o projeto termina no próximo sábado”, confidenciou a curadora da feira de arte e artesanato, Valentina Rezende.
Ela adianta que o comentário parte também dos próprios artesãos, que viram na iniciativa uma forma de aproximar sua arte do público. “Os brinquedos de feltro, como os dedotes e os três porquinhos, fizeram o maior sucesso, assim como os trabalhos do projeto da Cota 200. “Todos ficaram muitos felizes em mostrar o que produzem e querem mais oportunidades.”
Foto: Helena Silva