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Silvério Fontes institui acolhimento de acordo com classificação de risco

Publicado: 12 de setembro de 2011
18h 00

Importante instrumento que contribui para um pré-natal ou trabalho de parto mais seguro, tanto para a gestante quanto para o bebê, foi implantado há dois meses no Hospital e Maternidade Municipal Silvério Fontes. Trata-se do acolhimento com classificação de risco obstétrico, que consiste na recepção de enfermeiro capacitado, com apoio do médico, para definir a situação clínica da paciente e prioridade de atendimento.

A divisão de prioridades é feita de acordo com números e cores correspondentes nas fichas de atendimento. Para cada grupo, é determinado no protocolo o tempo máximo que a paciente deve ser atendida.

No caso de gestantes no pré-parto, trabalho de parto e situação de emergência, como quadro de hipotensão (pressão arterial baixa), taquicardia (aumento da batida do coração) ou hemorragia genital, entre outros, não há espera. Este é o grupo de prioridade máxima (cor vermelha).

Na escala, em seguida vem o grupo de prioridade 1 (muito urgente, laranja), relativo a pacientes em trabalho de parto (contrações a cada 2 minutos), hipertensão, dor abdominal de forte intensidade e outros sintomas, cujo atendimento deve ocorrer em até 10 minutos. Na sequência, estão os grupos de prioridade 2 (urgente, cor amarela), 3 (pouco urgente, verde) e 4 (não urgente, azul).

“A mulher pode chegar no hospital em início do trabalho de parto ou no período expulsivo - quando prestes a dar à luz a gestante tem uma dilatação completa. Este último atendimento é considerado de emergência e deve ser priorizado, por exemplo”, explica o pediatra e diretor técnico do Silvério Fontes, Marco Sérgio Duarte.

Segundo a chefe da equipe de enfermagem, Rita Grammelsbacher, as gestantes que procuram o hospital durante o período de pré-natal, devido a alterações clínicas, saem com resumo da ficha de atendimento para encaminhar ao ginecologista obstetra da unidade de referência na atenção básica ou Instituto da Mulher.

“Nós enviamos também estas informações do caso da paciente por telefone, e-mail ou relatório. E, quando preciso, solicitamos à unidade que a consulta de retorno seja antecipada”.

A adolescente Roberta (nome fictício), 17 anos, moradora da Zona Noroeste, sentiu os benefícios do acolhimento com classificação de risco. “Vim para o hospital por causa de uma infecção urinária e fui muito bem atendida”.

Humanizado
Todos os critérios clínicos do protocolo foram discutidos com os profissionais do Silvério Fontes, os quais também passaram por capacitação. A ação da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) é uma iniciativa da Cohosp-Mulher (Coordenadoria Hospitalar de Saúde da Mulher), do Daphos (Departamento de Atenção Pré-hospitalar e Hospitalar), com apoio das coordenadorias de Saúde da Criança e do Adolescente e de Saúde da Mulher.

O trabalho já em funcionamento segue as diretrizes da Rede Cegonha, lançado recentemente pelo governo federal na busca de atendimento adequado, seguro e humanizado para gestantes e bebês, desde a confirmação da gravidez até os dois primeiros anos de vida da criança.

O Hospital e Maternidade Silvério Fontes possui o título de ‘Amigo da Criança’, por cumprir os 10 passos para o sucesso da amamentação, e é o hospital de Santos que apresenta a maior proporção de partos normais, importante indicador de qualidade no atendimento, tanto da mãe quanto do bebê. Em 2010, nasceram no local 923 crianças, sendo 564 por parto normal (61,11% do total).