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Na Coprovida, trabalho é norteado pelo amor aos animais

Publicado: 11 de setembro de 2012
18h 00

Na sala de atendimento médico, um gato toma soro após operação no intestino; no centro cirúrgico, veterinárias fazem a castração de outros felinos, enquanto um cão filhote se recupera de cirurgia no maxilar. O trabalho não para na Coprovida (Coordenadoria de Proteção à Vida Animal), ligada à Semam (Secretaria de Meio Ambiente), com sede na avenida Nossa Senhora de Fátima, 375, zona noroeste. Ali, é o amor aos animais que norteia a dedicação da equipe, que realiza cerca de 1.200 atendimentos gratuitos por mês.

Priorizando o bem-estar animal, no local é oferecido atendimento ambulatorial a cães e gatos, de segunda a sexta, das 7h às 17h, com distribuição de senha, fora as emergências. O munícipe deve levar RG, CPF e comprovante de residência originais. Ou, se já tiver, o RGA (Registro Geral de Animais) do bicho de estimação. Também são feitas castrações, cujo objetivo é é o controle populacional.

Segundo a Coprovida, são em média 15 castrações por dia, além de cirurgias emergenciais. Uma vez por mês são promovidos mutirões nos bairros, em parceria com a ONG Defesa da Vida Animal, quando são castrados cerca de 100 bichos. “A única forma de controlar animal na rua é a castração”, afirma a coordenadora de Proteção à Vida Animal, Leila Abreu.

Adoção
Dos cerca de 80 cães e 120 gatos, entre adultos e filhotes que a Coprovida possui atualmente, 40 já podem ser adotados. "Fazemos o acolhimento de animais atropelados e sem dono. Eles são tratados e depois colocados para adoção", ressalta Leila. Interessados devem comparecer no local de segunda a sexta, das 9h às 16h, com RG, CPF e comprovante de residência. O primeiro passo é a entrevista e depois assinatura do termo de posse responsável'. Precisam também providenciar o transporte do animal, exceto os de grande porte. Neste caso, a Coprovida assume a responsabilidade de levá-lo para verificar as condições do local.

Fidelidade
No gatil da Coprovida, cinco voluntárias cuidam dos felinos. Levam brinquedos e, sobretudo, muito carinho. Dalva Previato, 73, uma delas, sai do Embaré quatro vezes por semana para ir à Coprovida. "É muito amor e saudade. Estamos com eles há mais de 20 anos, desde quando ficavam na praia. Eles nos esperam próximo ao portão de entrada, é incrível". Outra voluntária, Helena Wanderley, 86, do Campo Grande, completa: "Aqui a comida é excelente e eles estão bem acomodados". Quem também marca presença é Elisa Palanca Fatala, 70, do Gonzaga. "O amor nos faz vir aqui".

Alegrias
No dia em que seu cão da raça Beagle morreu, Ana Amélia Faria Pennas, 56, da Vila Belmiro, decidiu adotar outro animal para preencher o vazio que sentiu. "Ele faleceu de manhã e na hora do almoço já estava na Coprovida". Desta forma que a vira-lata 'Jolly' apareceu na sua vida. "Foi a primeira que me mostraram e digo que foi ela quem me adotou".

O caso da cadela Manuela (Manu), que se movimenta mesmo com duas patas amputadas, também teve final feliz. Ela e sua 'parceira', a cadela Bombom, foram adotadas pela veterinária Ana Marcela Afonso Genestra, 37, de Espírio Santo do Pinhal. Ela soube do caso pela mãe, que reside em Santos. Agora, com seis cães e dois gatos, conta que todos se dão bem.

"As duas mandam na casa, inclusive dormem no meu quarto. Elas vieram para trazer mais alegria". Manu sofreu fraturas expostas ao cair da laje na casa onde vivia no Morro da Nova Cintra. Já Bombom foi atropelada na av. Nossa Senhora de Fátima e ficou um mês sem andar. Ambas foram tratadas na Coprovida.

O setor também responde pela fiscalização contra maus-tratos, contando com apoio, se necessário, da Polícia Ambiental e do Ibama. A multa por maus-tratos, que inclui omissão de socorro, negligência e abandono, é de R$ 1mil. Denúncias devem ser feitas pelos telefones 3203-5593 e 3203-5075.