José Menino e Pompeia recebem mutirão de combate à dengue

O último sábado (14) foi dia de eliminar os focos do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Em grande mutirão nos bairros José Menino e Pompeia, a Prefeitura intensificou o combate à doença. No total cerca de 110 agentes de controle de vetores, além de profissionais de limpeza da Terracom e Prodesan, com apoio de caminhões basculantes, percorreram 3.550 imóveis do bairro.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, em 2012, até o momento, foram confirmados 382 casos de dengue em residentes de Santos, enquanto que durante todo o ano passado foram 131, e em 2010, mais de 8 mil casos. Do total deste ano, a maioria é formada por moradores do Rádio Clube (41 casos), seguido da Vila Mathias (36) e São Manoel (32).

O José Menino aparece como o 13° com mais ocorrências e a Pompeia não teve notificações, mas a área que compreende os dois bairros apresentou índice de 1,9 de imóveis com larvas, o que representa médio risco de infestação. Índices abaixo de 1 representantes baixo risco, entre 1 e 4, médio, e acima de 4, alto. Em Santos não há nenhuma área que aponte alto risco.

“Quando escolhemos o bairro que vai receber o mutirão nos baseamos nestes dois indicadores: no total de casos confirmados ou onde foram encontrados mais focos do mosquito, pois a ideia do mutirão é justamente eliminar os focos com a maior agilidade possível e assim bloquear a evolução de novos casos”, detalha a médica Iraty Nunes Lima, chefe do departamento de vigilância em saúde, da Secretaria Municipal de Saúde.

Desde o início do ano, já foram realizados dez mutirões de vistorias pela Secretaria de Saúde no Campo Grande, Gonzaga, Encruzilhada (duas vezes), Vila dos Criadores, Rádio Clube, Vila Mathias, São Manoel, Aparecida e Vila Belmiro. Este trabalho totalizou 25.549 imóveis visitados e 200 focos de dengue eliminados. No entanto, o mutirão deste sábado teve um diferencial: a participação da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, visando identificar e recolher materiais inservíveis, como pneus, garrafas e móveis, que podem funcionar como criadouro do mosquito.

“Este é um "plus" que trouxemos para este mutirão. Quando os agentes identificam estes materiais, imediatamente já acionam a equipe de Serviços Públicos para recolher. Fizemos em anos anteriores e funcionou muito bem. Chegamos a recolher em alguns bairros uma média de 50 toneladas por dia”, detalha doutora Iraty.

Portas abertas
Dona Aline Pinto Rodrigues, moradora da Rua Maranhão, foi uma das munícipes que recebeu a equipe de controle de vetores em sua casa nesta manhã. Ela prontamente abriu a porta para que o agente Clayton Oliveira Cantanhede pudesse verificar calhas, ralos, vasos de plantas e outros possíveis focos de proliferação do mosquito.

“É um trabalho muito importante. Sempre que eles nos visitam perguntam se temos dúvidas e nos orientam. Aqui em casa ninguém quer ficar doente, por isso seguimos tudo certinho: não tenho pratinhos nos vasos de plantas, coloco tela nos ralos e sigo todas as recomendações”.

O mutirão deste sábado também contou com estandes educativos das seções de Controle de Vetores e da Vigilância e Controle de Zoonoses em frente ao Posto 2 (praia do José Menino), com informações sobre como evitar água parada em vasos de plantas, calhas etc, e a presença de roedores e animais peçonhentos. Os próximos mutirões estão previstos para ocorrer no Morro da Nova Cintra, Boqueirão, Embaré e Marapé.

Os profissionais atuam uniformizados e, em caso de dúvida, o munícipe pode ligar para o Disk Dengue, no telefone 3225-8680.

Vale lembrar que, aos primeiros sinais da doença, como febre, dores musculares e manchas pelo corpo, o munícipe deve procurar a UBS (Unidade Básica de Saúde) ou USF (Unidade de Saúde da Família) de referência do seu endereço ou ir a um dos três prontos-socorros municipais. Informações completas sobre como se prevenir, sintomas da doença e as ações da Prefeitura no combate podem ser conferidas na Internet: http://www.santos.sp.gov.br/dengue.