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Integrada à orla, escultura de Tomie Ohtake é referência na cidade

Publicado: 24 de junho de 2010
18h 00

Por terra, é possível avistá-la em caminhada à beira-mar ou das janelas dos apartamentos da orla de Santos e São Vicente, além dos morros do José Menino, Santa Terezinha e Voturuá. Por mar, os passageiros e tripulantes dos navios também a apreciam. Vermelha, de forma abstrata, com 20m de comprimento, 15 de altura e dois de largura, a escultura a céu aberto da conceituada artista plástica Tomie Ohtake é uma referência na cidade.

A obra de aço que aponta para o mar foi inaugurada há dois anos – em junho de 2008 -, na extremidade do emissário submarino, no Parque Municipal Roberto Mário Santini (José Menino), na presença do príncipe do Japão, Naruhito, que veio ao Brasil como representante da família imperial para as comemorações dos 100 anos da imigração japonesa. A obra foi incluída no documentário sobre a vida de Tomie, que deve ser lançado em novembro.

Sob o olhar da artista, a escultura que instiga a curiosidade e desperta inúmeras interpretações de curiosos não tem significado nem nome, pois Tomie prefere a interpretação de cada um. O casal paulistano Fábio de Faria e Márcia Santos Berigo deu seu palpite “Ficamos discutindo qual seria seu significado e achamos que é um dragão japonês. Este espaço está muito bacana e democrático”, disse Fábio, que passa férias na cidade.

À noite também é possível apreciar o monumento integrado ao cenário da orla: em seu entorno há 32 refletores de 150 watts de potência cada, permitindo melhor visualização para quem está distante, como na Ponta da Praia. É o que salienta o comerciante Alessandro Simões, de 38, freqüentador do quebra-mar desde 85. “De vários lugares você consegue enxergá-la. O emissário melhorou 100%”.

A mesma opinião tem o empresário Mário Machado, de 51, morador do Marapé, que costuma caminhar no local. “Antigamente isso aqui estava abandonado. O monumento é uma obra de arte que diferenciou o lugar”.

A escultura integra o parque projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake – filho da artista plástica, e inaugurado em 2009, no aniversário da cidade. No local, os visitantes contam com jardins, ampla área verde e espaços de lazer e para a prática esportiva. A vocação para o surfe foi contemplada, tendo sido construída junto ao quebra-mar uma arquibancada para 600 pessoas, com acesso ao mar, torre para vigilância, sala para jurados e Museu do Surfe.