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Doação de órgãos

Publicado: 6 de fevereiro de 2018 - 14h36
Atualizado: 20 de julho de 2023 - 14h36

SOBRE

Santos incentiva a doação de órgãos e tecidos a partir do trabalho da Seção de Captação e Transporte de Órgãos e Tecidos (SECAPT), fazendo valer a legislação federal. A seção foi regulamentada através do decreto municipal 5308/2009. A SECAPT atua nos hospitais e nas unidades de pronto atendimento do Município, como referência técnica na área de doação de órgãos e tecidos.

A educação em saúde é outra frente de trabalho da SECAPT, que realiza capacitações rotineiras aos profissionais de saúde de unidades públicas e particulares da Baixada Santista, além das escolas técnicas e cursos universitários da área da saúde.

A SECAPT também desenvolve ações junto à comunidade, com o objetivo de sensibilizar e esclarecer dúvidas, por meio de palestras e rodas de conversa em escolas, creches e empresas. Promove ainda sessões de cinema com filmes que abordam o tema.

Em setembro, mês internacional do doador de órgãos e tecidos, a Secapt realiza a Campanha Setembro Verde, com debates e caminhada.

COMO É FEITA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Para ser um doador de órgãos e tecidos é necessário que a pessoa comunique o desejo aos familiares. A doação de órgãos e tecidos precisa ser autorizada pela família e é necessário consenso na decisão.

Para a doação de órgãos acontecer, é preciso que o paciente esteja em morte encefálica, ou seja, com um dano cerebral irreversível. Esse paciente estará internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) ou emergência. Para confirmar a morte encefálica, dois médicos da unidade examinam o paciente, seguindo a resolução 2173/17 do Conselho Federal de Medicina. Também é necessário realizar um exame complementar de imagem.

Após a confirmação da morte encefálica, a família é entrevistada sobre a possibilidade de doação de órgãos e tecidos. Sendo favorável à doação, assina termo de consentimento. A cirurgia de extração dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, na maioria das vezes na Santa Casa de Santos. Os órgãos e tecidos captados são direcionados aos pacientes em lista de espera do governo do Estado.

O transplante de órgãos é financiado integralmente pelo Sistema Único de Saúde, sendo um dos melhores sistemas de transplantes do mundo.

Mais informações pelo e-mail  secapt.sms@santos.sp.gov.br, no instagram @doe_vida_santos ou na ABTO.

DÚVIDAS FREQUENTES

DÚVIDAS SOBRE O PROCESSO DE DOAÇÃO

1 - Geralmente, o processo de doação começa a partir da morte encefálica. Mas o que é morte encefálica?

A morte encefálica ocorre quando todas as funções do cérebro param de forma irreversível, isto é, ficam irrecuperáveis. A confirmação é feita a partir de duas avaliações clínicas realizadas por dois médicos que não fazem parte da equipe de captação e transplante de órgãos. Também é feito um exame complementar, conforme prevê o Conselho Federal de Medicina.

2 - Como é feita a informação para a família?

A notícia da morte encefálica é feita por um médico. Em seguida, a equipe de captação atende a família e oferece a possibilidade da doação de órgãos e tecidos.

3 - Como a equipe de captação pode auxiliar?

A doação é, muitas vezes, encarada como uma forma de amenizar a perda. A família que se sente acolhida pela equipe tem mais chances de aceitar a doação de órgãos.

4 - O que ocorre após a autorização da família?

Depois da aceitação, o paciente é mantido na UTI ou emergência até a cirurgia de captação, para manter a integridade dos órgãos e tecidos.

DÚVIDAS SOBRE A CIRGURGIA

5 - Onde é feita a cirurgia para retirada dos órgãos e tecidos?

Qualquer hospital que tenha centro cirúrgico.

6 - O paciente poderá ser velado?

As cirurgias para retirada dos órgãos não causam nenhuma deformação e o corpo poderá ser velado normalmente.

7 - O que acontece com os órgãos?

Os órgãos são avaliados e examinados por uma organização ligada à Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Em seguida, a Central Estadual de Transplantes fica responsável por oferecer os órgãos para as equipes transplantadoras e pela busca do receptor compatível.

DÚVIDAS SOBRE QUEM PODE DOAR

8 - Quem pode doar?

Geralmente, o órgão doado é captado de pessoa identificada com morte encefálica, causada principalmente por acidente vascular cerebral (AVC) ou traumatismo craniano. Por outro lado, pessoas com infecções causadas por fungos e vírus, câncer e HIV estão impedidas de doar, bem como pessoas que morreram sem identificação.

9 - É obrigatório ter morte encefálica para doar?

Nem sempre. A doação de córneas, pele, ossos e vasos não exige a constatação da morte encefálica. É possível doar tecidos até 6 horas após a parada cardíaca, desde que a causa da morte seja conhecida.

10 - Pessoas vivas também podem doar?

Pessoas vivas podem fornecer um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Esse direito é reservado a cônjuges e a parentes de até o quarto grau. Não parentes podem doar apenas com autorização judicial.

DÚVIDAS SOBRE O TEMPO DE PRESERVAÇÃO DOS ORGÃOS

11 – Qual o tempo de preservação dos órgãos?

Cada órgão tem um tempo de preservação, desde o momento em que é retirado do doador até o transplante.

- Coração: 4 horas

- Pulmão: 4 a 6 horas

- Rim: 48 horas

- Fígado: 12 horas

- Pâncreas: 12 horas

Já os tecidos (pele, osso, cartilagem, tendão, córneas, entre outros) podem ser enviados para bancos especializados em sua conservação.

DÚVIDAS SOBRE O QUE É NECESSÁRIO PARA DOAR

12 - É preciso registrar a vontade de ser doador?

A orientação é que a pessoa que deseja doar seus órgãos avise a sua família, pois, pela legislação brasileira, a doação de órgãos no País só pode ser feita após autorização da família do doador.

13 - Existe algum custo para os procedimentos?

Este é um sistema financiado inteiramente pelo Sistema Único de Saúde.

14 - Quantas vidas é possível salvar com apenas um doador?

Não há um número exato, mas geralmente, mais de um órgão (ou tecido) é captado de um único doador.

15 – É possível escolher quem receberá o órgão?

Apenas na doação feita em vida, quando o transplante é feito a partir da necessidade de algum parente. Na doação após a morte, o receptor será sempre o próximo da lista única de espera de cada órgão ou tecido, dentro da área de abrangência da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos de onde foi realizada a captação