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Debates tratam da inclusão produtiva da pessoa com deficiência

Publicado: 29 de setembro de 2017
12h 13

O Brasil tratou esta sexta-feira (29) como o Dia D pela Inclusão Social e Produtiva da Pessoa com Deficiência.

Em Santos, no Centro Público do Emprego, houve palestras e o órgão da Secretaria de Assuntos Portuários, Indústria e Comércio divulgou que das 200 contratações intermediadas pelo setor em agosto, 10% foram preenchidas por pessoas com deficiência. Também houve palestras de promotor público, representantes do Ministério do Trabalho e da Previdência Social falando dos direitos desse público.

Na plateia, além de trabalhadores e do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Condefi), representantes de empresas parceiras do Centro Público. O encontro deixou claro que o segmento cobra avanços. São dois os alvos: mudar a ficha do Sistema Nacional de Emprego quando seleciona os candidatos às vagas e que a contratação da pessoa com deficiência ocorra por sua qualificação profissional e não só para cumprir a lei das cotas.

Márcia Rebelo, integrante do Fórum sobre a Empregabilidade da Pessoa com Deficiência, explica que a ficha do Sistema Nacional de Emprego permite que o empregador selecione candidato pelo tipo de deficiência. “A ficha não pode determinar a deficiência, isso desrespeita a Lei Brasileira de Inclusão”.

OUTRA VISÃO

Maria Aparecida Guerreiro, 44 anos, está aposentada por invalidez, mas conhece bem as dificuldades enfrentadas pela pessoa com deficiência para trabalhar. “Eu sou formada em Direito e em Logística Portuária, mas o mercado não vê o deficiente como um profissional”.

O supervisor operacional da SJT Segurança e Vigilância Patrimonial, Wilson Felipe, disse que a empresa busca pessoa com deficiência para preencher uma vaga de vigilante patrimonial. “Acho que a tendência é olharmos isso como inclusão e não como obrigação legal”.

O coordenador de Requalificação Profissional do Centro Público do Emprego, Ricardo Giuliano Chaves Serra, afirmou que o órgão sempre tem vagas para pessoas com deficiência e crê na ampliação das ofertas a esse segmento.

Já o coordenador de Políticas para a Pessoa com Deficiência, Daniel Monteiro, disse que o dia foi importante. “A ação não acaba aqui. É preciso fortalecer a relação com os empregados e a sociedade para a empregabilidade da pessoa com deficiência ser uma constante”. A coordenadoria é ligada à Secretaria de Relações Institucionais e de Cidadania.

Fotos: Susan Hortas