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Texto em tons de cinza com os dizeres Circuito das Aves. #pracegover

Circuito das Aves

Aves de Santos

Estima-se que no Brasil haja aproximadamente 1.971 espécies de aves, com 293
espécies endêmicas (Pacheco et al. 2021), sendo o terceiro maior em diversidade de
espécies no mundo. O Estado de São Paulo apresenta cerca de 801 espécies (Painel Wiki
Aves, 2021).

Para que moradores e visitantes possam aproveitar esse rico patrimônio biológico, a Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), da Secretaria de Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo (Seectur) e da Diretoria de Comunicação (Dicom), criou o Circuito das Aves de Santos, um roteiro dos principais pontos para observação de aves.

SANTOS tem catalogadas 272 espécies de aves

Carcará (Caracara plancus)

O projeto

Este trabalho foi originalmente desenvolvido pela Bióloga Sandra Pivelli, da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), utilizando as fotos de Leonardo Casadei. Um catálogo fotográfico de 100 aves foi gerado com espécies de ocorrência registrada na área continental e/ou insular do Município.

 

 

Leonardo Casadei

Biólogo, formado pela Universidade Metropolitana de Santos - Unimes.
Especialista em Educação Ambiental pela Universidade Santa Cecília.
Mestrando em Ecologia no programa de pós-graduação em Sustentabilidade de Ecosistemas Costeiros e Marinho pela Universidade Santa Cecília.
Fotográfo, especializado em captar imagens de aves, com publicações na mídia internacional.
Professor Efetivo de Ciências Naturais da Prefeitura Municipal de Praia Grande
Atualmente trabalhando como Educador Ambiental no Departamento de Educação Ambeintal da Prefeitura Municipal de Praia Grande.

 

 

Sandra Pivelli

⭐5/51969
✝️14/10/2023

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade Mackenzie e com mestrado (stricto sensu) em Educação pela Universidade de São Paulo.
Possui especialização (lato sensu) em Gestão Ambiental pela Unesp - Campus Litoral, Turismo Ambiental pelo Senac - SP e Educação Ambiental pela USP.
Funcionária concursada como Bióloga na Prefeitura de Santos desde 1994.
Durante a permanência na Prefeitura já trabalhou no Jardim Botânico Municipal Chico Mendes, na Seção de Programas Ambientais e agora retornou ao Orquidário - Parque Zoobotânico na Divisão de Botânica.
Possui conhecimentos nas áreas de Educação, Ecologia, Zoologia e Botânica com ênfase em Ornitologia.

 

Áreas de observação

 

Jardim Botânico Chico Mendes

Com uma área total de cerca de 90.000m2, é o maior parque da Cidade, atrás apenas da área ocupada pelos jardins da praia. Parte da vegetação atualmente encontrada em seu interior desenvolveu-se a partir de um planejamento iniciado em 1991, que implantou coleções botânicas temáticas representativas, em grande parte, dos ecossistemas locais, principalmente da Mata Atlântica.

Já foram observadas 102 espécies nesta localidade.

 

Monumento Nacional Engenho São Jorge dos Erasmos

Local possui as ruínas de um engenho de açúcar construído no século XVI. Sua área é de 48 mil m2, sendo próximo ao morro da Caneleira, coberto por remanescentes de Mata Atlântica em estágio de regeneração.

Já foram observadas 89 espécies nesta localidade.

 

Morro da Nova Cintra

É um bairro de planalto, assentado no vale formado pelos morros Cotupé, Água Branca, Marapé, Jabaquara, São Bento, Penha e Nova Cintra. De clima ameno, o bairro, assemelha-se a uma grande bacia, tem uma cascata natural e uma lagoa, a da Saudade, situada a uma altitude de 118 metros e com 9.800 m2 de área.

Já foram observadas 84 espécies nesta localidade.

 

Parque Zoobotânico Orquidário

Apresenta uma área com cerca de 24 mil m2. Em sua área central, há ainda um lago de 1.180 m2 que atrai espécies aquáticas como as garças.

Já foram observadas 60 espécies nesta localidade.

 

Jardins da praia

Projetados inicialmente em 1914, o atual traçado dos jardins começou a ser construído há 80 anos, em 1935. Atualmente, é o maior jardim de orla de praia do mundo, com 5.514 m de extensão, apresentando cerca de 1.300 canteiros espalhados por 218,8 mil m2. São mais 100 espécies de plantas, entre elas lírios amarelos, margaridas, pingos-de-ouro, íris e birís. Há cerca de 800 árvores (3 a cada km, em média), sendo a maioria chapéu-de-sol, além de 200 palmeiras de 30 espécies diferentes. Os jardins incluem a plataforma do Emissário Submarino, com cerca 42,7 mil m2, dos quais 10 mil equivalem ao Parque Municipal Roberto Mario Santini. Do parque, avista-se a Ilha de Urubuqueçaba cuja vegetação é composta basicamente por Pitangueiras, Figueiras e Jerivás — o mais predominante dos três tipos de palmeiras que podem ser encontradas na ilha. O local constitui área de descanso para aves como urubus, garças e biguás. A ilha dista cerca de 260 metros da costa.

Já foram observadas 47 espécies nesta localidade.

 

Pinacoteca Benedito Calixto

Possui um grande jardim externo, composto por poucas espécies de porte arbóreo e arbustivo. No entanto, por estar próximo a um dos trechos do jardim da praia, contribui para que as aves possam se deslocar com maior facilidade por entre a vegetação esparsa do local.

Já foram observadas 34 espécies nesta localidade.

 

Praça Caio Ribeiro de Moraes Silva

Localizada no bairro da Aparecida, a uma quadra da praia, é uma das praças que apresenta maior diversidade vegetal nas imediações, atraindo grande diversidade de aves.

Já foram observadas 40 espécies nesta localidade.

 

Teatro Municipal Brás Cubas

Ocupa uma área de 5.130 m2. A existência de um jardim, com espécies atrativas, e o eventual oferecimento de frutas as aves pela administração do Teatro, além de sua proximidade com uma das vertentes do maciço montanhoso da área insular e de um dos canais do município, influenciam diretamente as aves que frequentam a região.

Já foram observadas 40 espécies nesta localidade.

 

Ilha Diana

Localiza-se na área continental do município e possui vegetação típica de manguezal, com alterações significativas intensificadas nos últimos dois anos por instalações de terminais portuários.

Já foram observadas 93 espécies nesta localidade.

 

Fazenda Cabuçu

Localiza-se na Área Continental de Santos e o acesso se dá pela Rodovia BR101 (Rio-Santos), km 240. O acesso só é permitido sob monitoramento de agências credenciadas pela Prefeitura, já que parte de sua área, de 581,22 há, está incluída em uma Área de Proteção Ambiental (APA), que procura conservar a Mata Atlântica e ecossistemas associados em seu interior.

Já foram observadas 82 espécies nesta localidade.

Espécies catalogadas

Andorinha-grande

Progne chalybea

Andorinha-pequena-de-casa

Pygochelidon cyanoleuca

Andorinha-serradora

Stelgidopteryx ruficollis

Anu-branco

Guira guira

Anu-preto

Crotophaga ani

Arapaçu-de-cerrado

Lepidocolaptes angustirostris

Araponga

Procnias nudicollis

Beija-flor-cinza

Aphantochroa cirrochloris

Beija-flor-de-fronte-violeta

Thalurania glaucopis

Beija-flor-de-garganta-verde

Chionomesa fimbriata

Beija-flor-tesoura

Eupetomena macroura

Bem-te-vi

Pitangus sulphuratus

Benedito-de-testa-amarela

Melanerpes flavifrons

Bem-te-vi-rajado

Myiodynastes maculatus

Bentevizinho-de-penacho-vermelho

Myiozetetes similis

Bico-de-lacre

Estrilda astrild

Biguá

Nannopterum brasilianum

Cambacica

Coereba flaveola

Canário-da-terra

Sicalis flaveola

Capitão-de-saíra

Attila rufus

Carcará

Caracara plancus

Choca-da-mata

Thamnophilus caerulescens

Chupim

Molothrus bonariensis

Coleirinho

Sporophila caerulescens

Corruíra

Troglodytes musculus

Coruja-buraqueira

Athene cunicularia

Curicaca

Theristicus caudatus

Curutié

Certhiaxis cinnamomeus

Ferreirinho-relógio

Todirostrum cinereum

Ferro-velho

Euphonia pectoralis

Fragata

Fregata magnificens

Galinha d'água

Gallinula galeata

Freirinha

Arundinicola leucocephala

Garça-branca-grande

Ardea alba

Garça-azul

Egretta caerulea

Garça-vaqueira

Bubulcus ibis

Garça-branca-pequena

Egretta thula

Garça-moura

Ardea cocoi

Garrinchão-de-bico-grande

Cantorchilus longirostris

Gaturamo-verdadeiro

Euphonia violacea

Gavião-carijó

Rupornis magnirostris

Gavião-asa-de-telha

Parabuteo unicinctus

Gavião-caracoleiro

Chondrohierax uncinatus

Gavião-caramujeiro

Rostrhamus sociabilis

Gavião-pombo-pequeno

Amadonastur lacernulatus

Gibão-de-couro

Hirundinea ferruginea

Guaracava-de-barriga-amarela

Elaenia flavogaster

Irerê

Dendrocygna viduata

Jacuguaçu

Penelope obscura

João-de-barro

Furnarius rufus

Juruviara

Vireo chivi

Urutau

Nyctibius griseus

Maitaca-verde

Pionus maximiliani

Maria-cavaleira

Myiarchus ferox

Maria-faceira

Syrigma sibilatrix

Mariquita

Setophaga pitiayumi

Martim-pescador-grande

Megaceryle torquata

Papagaio-verdadeiro

Amazona aestiva

Pardal

Passer domesticus

Periquito-rico

Brotogeris tirica

Picapauzinho-de-coleira

Picumnus temminckii

Pica-pau-bufador

Piculus flavigula

Pica-pau-de-cabeça-amarela

Celeus flavescens

Pica-pau-do-campo

Colaptes campestris

Pomba-asa-branca

Patagioenas picazuro

Pombo-doméstico

Columba livia

Príncipe

Pyrocephalus rubinus

Pula-pula

Basileuterus culicivorus

Quero-quero

Vanellus chilensis

Risadinha

Camptostoma obsoletum

Rolinha-roxa

Columbina talpacoti

Sabiá-barranco

Turdus leucomelas

Sabiá-coleira

Turdus albicollis

Sabiá-poca

Turdus amaurochalinus

Sabiá-una

Turdus flavipes

Sabiá-do-campo

Mimus saturninus

Sabiá-laranjeira

Turdus rufiventris

Saí-azul

Dacnis cayana

Saíra-militar

Tangara cyanocephala

Saíra-sete-cores

Tangara seledon

Sanhaço-do-coqueiro

Tangara palmarum

Sanhaço-cinzento

Tangara sayaca

Sanhaço-de-encontro-amarelo

Tangara ornata

Saracura-do-mato

Aramides saracura

Socó-dorminhoco

Nycticorax nycticorax

Socozinho

Butorides striata

Suiriri

Tyrannus melancholicus

Suiriri-cavaleiro

Machetornis rixosa

Teque-teque

Todirostrum poliocephalum

Tesourinha

Tyrannus savana

Tico-tico

Zonotrichia capensis

Tiê-preto

Tachyphonus coronatus

Tiê-sangue

Ramphocelus bresilia

Tiê-de-bando

Habia rubica

Tiriba-de-testa-vermelha

Pyrrhura frontalis

Tucanuçu

Ramphastos toco

Tucano-de-bico-preto

Ramphastos vitellinus

Tucano-de-bico-verde

Ramphastos dicolorus

Tuim

Forpus xanthopterygius

Urubu-preto

Coragyps atratus

Dicas para a observação

 

Comece observar aves comuns no local. Atente para as suas cores. Faça um desenho apontando as cores mais chamativas e pesquise para confirmar se o observado por você corresponde ao relatado por outros observadores.

 

Memorize os sons produzidos pelas aves, isto ajuda muito na identificação.Treine ouvindo previamente gravações já realizadas e depois saia para conferir se aprendeu de fato a vocalização produzida pela espécie.

 

Permaneca em silêncio sempre que possível. Assim você pode concentrar sua atenção nas epécies, sem se dispersar com outros elementos do ambiente.

 

Se já existe um levantamento das espécies que incide na área onde você vai observar, estude-a antes de ir a campo. Assim, você estará melhor treinado para identificar a ave quando ela aparecer.

 

Vá a campo nos melhores horários de observação. Lembre-se que as aves levantam ao amanhecer do dia e recolhem-se antes do pôr-do-sol.

 

Evite proximidade excessiva. As aves também possuem tolerância de distância. Se você violar o seu território ela pode se defender. Além disso, há doenças que podem ser transmitidas se você entrar em contato direto com elas.

 

Não saia para observar sozinho. Convide sempre alguém para lhe fazer companhia e reforçar a segurança. Avise sempre onde você está indo, com quem e quando pretende voltar.

 

Não ofereça alimentação às aves para elas se aproximarem de você. Desta forma, elas podem se tornar vítima de outras pessoas mal intencionadas que podem se aproveitar para capturá-las.

 

Use roupas confortáveis, discretas, que protegem e não chamem a atenção. As aves enxergam melhor que nós e distinguem cores de uma forma única. Portanto, harmonize-se visualmente com o ambiente.

 

Seja persistente e determinado. No início a observação é trabalhosa e exige dedicação, como qualquer atividade. Atente sempre para o processo de aprendizagem que ela proporciona e esqueça os resultados imediatos.

Código de ética do observador de aves

 

Promova o bem estar das aves e do seu ambiente

 

a) Apoiando a proteção de habitat importante para as aves;

b) Evitando estressar ou expor as aves ao perigo, comportando-se de forma cuidadosa quando em atividade de obsrvação, fotografia, gravação sonora ou filmagem;

c) Limitando a utilização de gravações ou outros métodos de atração de aves, nunca usando esses métodos em áreas utilizadas para observação ou para atrair espécies ameaçadas, em perigo de extinção ou, ainda, de ocorrência rara ou restrita no local;

d) Mantendo a distância adequada de ninhos, colônias de nidificação, arenas de exibição ou, ainda, de ocorrência rara ou restrita no local;

e) Utlilizando com moderação luz artificial ou flash, especialmente para tomadas de curta distância.

 

Ave rara, avalie o potencial de perturbação

 

Antes de comunicar ocorrência de uma ave rara, avalie o potencial de perturbação para a ave, para o ambiente e para as pessoas naquela localidade e somente prossiga se o acesso à região puder ser controlado, a perturbação minimizada e, se for o caso, tiver sido obtida a permissão do proprietário da área. Os locais de nidificação de aves raras só devem ser divulgados às autoridades competentes.

 

Respeite as leis e o direito alheio

 

a) Não penetrando em propriedade privada sem autorização explícita do proprietário;

b) Seguindo todas as leis, normas e regulamentos relativos ao uso de estradas e áreas públicas, tanto em seu País quanto fora dele;

c) Sendo cortês em contato com as pessoas, Seu comportamento exemplar gerará boa vontade tanto em relação a outros observadoers de aves, quanto às demais pessoas.

 

Ambientes Artificiais

 

Assegure-se que os alimentadores, as caixas de nidificação e outros ambientes artificiais para as aves sejam seguros:

a) Mantendo os comedouros, os bebedouros, e água e os alimentos livres de impurezas, deterioração ou doenças;

b) Limpando e efetuando manutenção regularmente das caixas de nidificação ou ninhos artificiais;

c) Cuidando para que as aves não estejam expostas à predação por animais domésticos e outros riscos artificialmente criados, caso esteja atraindo aves em uma determinada área.

 

Observação de aves em Grupo

 

Organizado ou não, requer cuidados suplementares. Cada participante do Grupo, além das obrigações referidas nos itens 1 a 5 antes mencionados, tem responsabilidades como integrante de um Grupo:

a) Devendo respeitar os interesses, direitos e habilidades dos demais membros do Grupo, bem como de outras pessoas que estejam praticando esportes ao ar livre;

b) Dividindo generosamente seu conhecimento e habilidade com os demais integrantes do Grupo- com as cautelas previstas no item 2 acima - com especial atenção e dedicação aos iniciantes;

c) Na hipótese de identificar um comportamento pouco ético de um observador, após avaliar a situação e se achar aconselhável, oferecer a adequada orientação no sentido de fazer cessar a ação imprópria. Se, entretanto, não obtiver êxito, registre o fato e comunique as pessoas e autoridades competentes.

 

Líder ou Guia de Grupo

 

Caso seja lider ou guia de Grupo, amador ou profissional, esteja ciente de suas responsabilildades adicionais:

a) Sendo um exemplo de comportamento ético, ensinando através da palavra e da conduta;

b) Formando o Grupo com a quantidade de participantes que limite o impacto ao ambiente e que não interfira com outros utilizando a mesma área;

c) Assegurando-se de que todos os participantes do Grupo conheçam e pratiquem as regras deste código;

d) Identificando e informando ao Grupo sobre qualquer circunstância especial aplicável ao local que está sendo visitado, como, por exemplo, a proibição de utililzação de gravadores sonoros;

e) Reconhecendo que empresas de turismo têm a obrigação de colocar o interesse do público e o bem estar das aves acima de seus objetivos comerciais;

f) Mantendo registro das observações realizadas e documentando ocorrências incomuns para submeter ao conhecimento de organizações apropriadas.