Atividades marcam Dia do Pau Brasil no Jardim Botânico

O Dia do Pau Brasil foi comemorado nesta quinta-feira (3) com atividades no Jardim Botânico Chico Mendes, na Zona Noroeste. Entre elas, palestra sobre a espécie, contação de histórias, que reuniu cerca de 100 crianças de escolas da região, e comemoração do 5º aniversário da Sala Verde, com acervo de cinco mil títulos sobre meio ambiente. A programação foi realizada pelo núcleo de educação ambiental do Botânico.

O técnico em educação ambiental Vanderlei de Souza Araújo, também idealizador do projeto 'As mil árvores fundamentais', fez palestra sobre sua iniciativa, cujo objetivo é evitar a extinção do pau brasil, além de incentivar o replantio de mil mudas em todo o país. Através de 'slides', ele fez uma retrospectiva do histórico e exploração da árvore, desde o descobrimento até os dias atuais, para um público formado por pessoas da comunidade e do curso de jardinagem da Vovó Florinda, do próprio Botânico.

O projeto, em parceria com o Jardim Botânico, começou em 2004 e consiste na distribuição de mudas, cujo plantador interessado seria o tutor da espécie. Ele é cadastrado, recebe um certificado e orientação para cuidar da planta. "A primeira muda foi plantada no Horto de São Vicente. Hoje, temos 161 espécies em parques, sítios, fazendas e reservas florestais distribuídas em 11 estados", disse Vanderlei, que aplica 20% de salário no projeto, "por amor à natureza e pela preservação da espécie".

O Botânico também possui exemplares de pau brasil, cujo nome cientifico é caesalpinia e era muito comum na Mata Atlântica. A espécie é utilizada na fabricação de instrumentos musicais, como violino, viola e harpa.

'Contação de Histórias'
Os professores Fernando Rino e Marcia Regina Tavares da Silva contaram histórias aos alunos (quatro a 10 anos) das escolas Maria Patrícia, Castelo Mágico e Conhecer, na sala de exposições do Botânico. "A gente simula fábulas como do sapo boi e do ratinho ecologista, fazendo uma amarração com a educação ambiental e passando noções de respeito ao meio ambiente, preservação, lixo seletivo e equilíbrio da natureza”, afirmou Rino, funcionário da Secult (Secretaria de Cultura).