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Aberto há um mês, restaurante-escola já tem cinco alunos contratados

Publicado: 4 de julho de 2012
18h 00

Ainda faltam exatos 37 dias de aulas, mas com apenas um mês de atendimento ao público do restaurante-escola Estação Bistrô, completado nesta quinta-feira (5), cinco alunos já estão com emprego garantido: um como ajudante de cozinha, outro para ajudante de garçom e três como garçom, todos para atuar em estabelecimentos do Gonzaga, um dos quais ainda a ser inaugurado.

Até o final do curso, em 31 de agosto, outros também deverão conquistar lugar no mercado de trabalho, segundo Arnaldo Lafuente Jr., responsável pelo gerenciamento do Estação Bistrô junto à Sociedade Visconde de São Leopoldo, com a qual a prefeitura firmou convênio para o funcionamento do restaurante-escola. No primeiro mês, o equipamento serviu 1.948 refeições.

“Tenho certeza que os 22 alunos vão ingressar no ramo de alimentos e bebidas, pois, a partir do próximo mês, vamos intensificar o aprendizado nas competências que cada um foi evidenciando ao longo do curso”. Lafuente cita o exemplo de um jovem que se identificou com a cambuza, trabalho que envolve, além da higienização de todos os utensílios, a verificação dos ingredientes que serão utilizados no dia, retirando-os da dispensa e deixando-os à mão, na cozinha, entre outras tarefas.

Lafuente encontra apenas uma palavra para descrever o primeiro mês do Estação Bistrô: “Excelente”. Conforme explicou, a meta era servir 100 refeições/dia, volume médio que foi alcançado e, em alguns dias, até superado. E o melhor: “Apesar da grande carga horária de aulas teóricas, os alunos mostraram que, na prática, realmente assimilaram o que haviam aprendido”. Alegria maior ainda ele teve ao saber que as 30 vagas para a segunda turma já estão preenchidas, havendo inclusive lista de espera.

Horário Ampliado
Para o chefe de cozinha Wilson Roque Jr., o primeiro mês de atividades do Estação Bistrô, foi “maravilhoso e muito acima de qualquer expectativa”. Ele lembra que a abertura aos sábados, proposta pela Setur (Secretaria de Turismo), mostrou-se acertada. “Eu não botava fé, pois pensava que, com o sol, quem viria almoçar no Centro Histórico. Mas temos ficado com as portas abertas até as 15h30 e já chegamos a fechar o restaurante depois das 16h”.

O perfil de restaurante-escola foi assimilado pelos clientes, que compreendem as eventuais falhas, na avaliação do secretário de Turismo, Marcelo Fachada. “Quando há alguma crítica ela é construtiva, em um claro desejo de aprimorar o trabalho dos aprendizes. Todos os envolvidos estão de parabéns, pois o esforço individual garante o êxito do projeto.”

Clientes elogiam serviço e cardápio
Dezoito integrantes do Lam (Lar de Acolhimento de Meninos e Meninas) escolheram o Estação Bistrô para realizar sua reunião mensal. E não se arrependeram.

“O atendimento foi muito bom, substituíram com rapidez o peixe que estava mal passado e todos demonstravam muito boa vontade”, comentou a presidente Lucília Djrdjrjan, dizendo que a sobremesa de arroz doce com nozes estava “uma delícia”. Ela reconhece que só com a prática os alunos adquirirão a segurança e desenvoltura necessárias para o ofício. “Mas isso acontece em todas as atividades”.

Já Virgínia Noschese adorou o prato e a torta de limão, elogiando a iniciativa da Setur e da prefeitura. Ela destacou a importância da iniciativa de cunho profissionalizante, lembrando a carência de mão de obra capacitada no ramo gastronômico.

Encaminhar jovens para inserção social e profissional foi um dos itens ressaltados por Jane Eyre Rodrigues, que enalteceu a boa vontade dos alunos. “Não achei nenhum de cara feia; pelo contrário, todos foram muito gentis, da recepção à cobrança”.

Para os alunos, os elogios servem como motivação e as críticas são sempre bem-vindas por ajudá-los a melhorar o serviço. O restaurante-escola Estação Bistrô funciona de terça a sábado, das 12h às 15h, no térreo da Estação do Valongo, Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Centro Histórico.

Parceria
Santos foi o único município do Brasil, dos sete interessados no projeto do Ministério do Turismo, a colocar em atividade o restaurante-escola. Ele funciona graças à parceria com a Sociedade Visconde de São Leopoldo e Universidade Católica de Santos.

A Seas (Secretaria de Assistência Social) responsabilizou-se pela seleção dos jovens interessados, de 17 a 21 anos, desempregados ou em risco social, e a Seduc (Secretaria de Educação), pelas aulas de Português, Matemática e Inglês. O projeto envolve investimentos de R$ 1 milhão do governo federal e de R$ 246 mil, como contrapartida da prefeitura.