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Os personagens que fizeram o espetáculo do samba

Publicado: 13 de fevereiro de 2010
20h 00

Foram 14 anos longe da escola do coração. Mas este ano, Vera Lúcia Alvarez dos Santos, 65 anos, decidiu que era hora de voltar. Mesmo em cadeira de rodas. E, abrindo a ala das baianas da GRES Bandeirantes do Saboó, ela esbanjou alegria e não parou um minuto sequer de mexer os braços e sacudir o corpo. “Agora eu não paro mais. No próximo Carnaval, vou desfilar novamente”, prometeu, ao terminar a apresentação de sua escola, pouco depois da meia-noite.

Com um vestido de noite, de cor verde e muito brilho, Clarice Gomes Mazagão, era um nervoso só. Na área de dispersão, ela ajudava a controlar as alas da GRES Bandeirantes do Saboó . Embora a escola estivesse confiante, a presidente mostrava-se mais reservada. “O som prejudicou”, confidenciou, balançando negativamente a cabeça, ao responder a pergunta se estava feliz com o resultado de sua escola.

Emerson Reche, de 31 anos, animou o público feminino no desfile da Amazonense. Com um corpo sarado, exposto generosamente em um fantasia de índio, ele atendeu aos apelos da ala feminina e caprichou no samba. Pela primeira vez participando de um desfile, ele gostou da experiência. E do sucesso que fez.

Muito conhecido em Guarujá, DJ Cabral foi um dos destaques de luxo no carro alegórico Jaçanã, da Amazonense. Contrastando com a pobreza insinuada pela decoração, ele ostentava bela fantasia que chamava a atenção pela quantidade e beleza das plumas. Arrasou!

A sandália arrebentou, mas a destaque de chão Beatriz Fialdini, da Brasil, não teve dúvida: apoiou-se em um dos carros da escola, em poucos segundo tirou o par e voltou a sambar, como se nada tivesse acontecido. Desfilando há cinco anos, ela preferiu ‘descer do salto’ e garantir pontos para a sua escola.

Cláudia e Chocolate respiraram fundo no término do desfile e, ao mesmo tempo, juntos, estenderam a perna direita. “Começamos o desfile com o pé direito e terminamos com o pé direito”, disse a primeira mestre-sala da Brasil, torcendo pelo sucesso de sua escola.

Pietro, de 1 ano e dois meses, atravessou a passarela do samba dormindo, no colo da mãe Ana Lúcia Xavier, da diretoria de Harmonia da Brasil. “Ele mamou durante toda a concentração, dormiu e eu achei que ele fosse acordar durante o desfile da escola”, confidenciou ao término da apresentação.