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Instituto da Mulher acompanha e apoia pacientes com câncer de mama

Publicado: 9 de outubro de 2011
18h 00

Independentemente da gravidade, o câncer de mama interfere em aspectos mentais e físicos da mulher, desde o diagnóstico até mesmo depois do tratamento. Para auxiliá-la nestas fases, a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) dispõe da estrutura e equipe multiprofissional do ambulatório de mastologia (doenças da mama) do Instituto da Mulher.

Inaugurado há oito anos, o equipamento conta com mastologistas, psicóloga, assistente social, enfermeiros, auxiliares e funcionários administrativos. No ano passado, o ambulatório de doenças da mama realizou 3.957 consultas. Entre as pacientes atendidas, 68 foram de casos de câncer de mama.

Todos os casos suspeitos ou de doenças da mama com moradoras de Santos são acompanhados pela unidade, após realização de mamografia e encaminhamento da Atenção Básica. Segundo a ginecologista e chefe do Instituto, Daniela Homenko, quando o médico suspeita de câncer, encaminha a paciente para novos exames, como biópsia (retirada de tecido para exames) e ultrassom (exame de imagem).

Confirmado o diagnóstico, a paciente é encaminhada para procedimentos cirúrgicos (retirada da mama ou de parte) ou tratamento com químio e radioterapia nos hospitais prestadores do SUS (Sistema Único de Saúde). Em momentos como os que antecedem cirurgia ou tratamento, a mulher passa por acompanhamento psicossocial.

“Buscamos o fortalecimento da paciente, para que lide melhor com as emoções e contribua mais ao processo de tratamento”, explica a psicóloga Maria Albertina Gonçalves.

Esse apoio tem contribuído para a recuperação de Maria Aparecida de Lima Mendes, 54 anos, que teve câncer de mama diagnosticado há quatro anos, passando desde então por cirurgias e sessões de químio e radioterapia.

Cidinha, como é conhecida, já concluiu o tratamento e passa agora por consultas periódicas no Instituto. “Para lidar com essa doença é preciso ter uma equipe dando suporte, o que a gente encontra aqui no instituto. Recebi muita atenção e carinho de todos os profissionais”.

Grupos de risco
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. A doença é grave e pode levar à morte, mas tem até 90% de cura se diagnosticada no início. Em 2010, 82 mulheres de Santos morreram decorrente de câncer de mama.

Segundo o mastologista do instituto, Gilberto Moreira Mello, alguns fatores de risco são casos da doença em parente de 1° grau (mãe, irmã ou filha), obesidade, sedentarismo, ter filhos tardiamente (após 30 anos) ou não ter. “O câncer de mama não tem prevenção primária, porque ainda não se sabe as causas exatas da doença. O que é possível é o diagnóstico precoce e a prevenção secundária, com combate ao excesso de peso e prática de exercícios”, diz Mello.

Para a detecção no estágio inicial é indicada consulta regular ao médico para exame clínico das mamas e realização anual de mamografia após os 40 anos, ou no caso de alterações clínicas e histórico familiar. De forma complementar, a mulher também pode realizar o autoexame.

Campanha
Neste mês, a prefeitura promove campanha de mobilização contra o câncer de mama: o ‘Movimento Rosa – Amor à Vida’. A ação, coordenada pela Secretaria de Saúde, em parceria com o Fundo Social de Solidariedade e setores da administração municipal, entidades, instituições de ensino, empresas e voluntários, e visa sensibilizar o público feminino sobre a importância das consultas e exames preventivos.