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Gesto voluntário contribui para tornar cidade mais florida

Publicado: 12 de julho de 2012
18h 00

O verde vivo das folhas e o roxo das flores de quaresmeiras estão dando mais graça às ruas Januário dos Santos, na Aparecida, e Bento de Barros, no Marapé. O que tem de especial nisso, além da beleza própria da natureza, é que elas foram plantadas por dois munícipes. No ano passado, Walter Ochsendorf, 72 anos, e Pedro Paulo da Silva, 67, por iniciativa própria, estiveram no Jardim Botânico Chico Mendes, na zona noroeste, para retirar as mudas.

Eles estão entre os santistas que fazem parte do programa Voluntário de Plantio, desenvolvido no parque, uma das formas da população solicitar mudas ao Depav (Departamento de Parques e Áreas Verdes), da Semam (Secretaria de Meio Ambiente).

“Por meio deste programa, a pessoa recebe orientações do plantio e informa os dados da via. Fazemos o levantamento das interferências urbanas do local, a largura da calçada e da rua, e indicamos a espécie apropriada. Do parque, a pessoa já sai com a muda nas mãos”, explica o chefe do Depav, engenheiro João Cirilo. Segundo ele, cerca de 500 pessoas vão ao Botânico anualmente para buscar orientações e mudas para plantio.

O trabalho é realizado em conjunto com a Seserp (Secretaria de Serviços Públicos), quando ainda não há canteiro na via para que a muda seja implantada. Outra opção para os interessados é solicitar o serviço na Ouvidoria Pública, pelo 0800-112056.

Conforme o Depav, a média anual de plantio na cidade gira entre três a cinco mil árvores, entre pedidos pela Ouvidoria, munícipes que se dirigem ao Botânico e plantios que estão no cronograma da prefeitura. “São 35 mil árvores em toda a cidade, fora os morros e área continental”, afirma Cirilo, acrescentando que, recentemente, foram plantadas 16 mudas na rua Padre Anchieta com o canal 4, em conjunto entre Semam e Seserp.

Mais verde
Residindo com a mulher e a filha numa casa na Bento de Barros (Marapé), plantar árvores para Pedro Paulo da Silva não é novidade. “Já morei na rua Barão de Paranapiacaba e plantei três árvores na calçada de lá. Ano passado, plantei esta quaresmeira com terra adubada, que está toda florida. Tem um beija-flor que dorme nela toda noite. É uma satisfação vê-las bonitas”, disse ele, contando que o contato com a natureza não é de hoje, já que foi da Polícia Militar e atuou no Botânico. Para ele, plantar é um ato prazeroso. “Todo mundo deveria fazer isso. Arborização é tudo numa cidade”.

Há 27 anos na rua Januário dos Santos (Aparecida), o aposentado Walter Ochsendorf recorda o momento em que foi retirar as duas mudas no Botânico, em maio do ano passado. “Já tinha conhecimento que o parque fornecia mudas e lá indicaram a quaresmeira”.

Hoje, com cerca de 2,20 m, as duas árvores estão vistosas e uma delas florida, consequência do cuidado especial de Ochsendorf. “Converso com elas e as observo todo dia da janela, acompanhando seu crescimento”, diz ele, que mora no terceiro andar do prédio em frente. “Queria que a rua tivesse mais planta. Importante não é só preservar a natureza, mas fazer parte dela”.