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Escola de Bailado: uma fábrica de talentos

Publicado: 27 de abril de 2010
18h 00

Equilíbrio na ponta dos pés, leveza, ritmo e graciosidade de movimentos. Atributos necessários à formação de uma bailarina, em especial aquelas que almejam chegar ao nível de uma Ana Botafogo ou um Mikhail Baryshnikov.

É na procura dessas qualidades que cerca de 500 alunos, a maioria mulheres (apenas 10 homens), ensaiam diariamente na EMBS (Escola Municipal de Bailado de Santos), que funciona no Centro de Cultura Patrícia Galvão, mantida pela Secult.

A escola é uma fábrica de talentos. Dali saem os alunos que integram os corpos de baile - infantil, juvenil, jovem e o Balé da Cidade de Santos, que representam a cidade em festivais e apresentações oficiais. Cada categoria tem em média de 20 a 25 bailarinas.

Na bagagem, 510 troféus e títulos expressivos como primeiro lugar no Festival Internacional de Dança de Nova Iorque e de Joinville, e Passo de Arte. A boa qualidade do ensino contribui também para a revelação de talentos como Thamiris Monteiro Prata, hoje integrante da Companhia de Dança de São Paulo.

“Ser bailarina não é fácil. É preciso dedicação e perseverança", diz Renata Pacheco, diretora da Escola de Bailado, coreógrafa com especialização em método russo, francês e atuação na Royal Academy Of Dance (Londres) e no Balé Stagium (SP). Na condução das atividades ela conta com o trabalho das professoras Nara Trindade, Daniela Guasti, Fabiana Nóbrega, Luciana Marques, Marília Barbosa, Sabrina Coelho e Monike Kazumi.

LONGA JORNADA
O ingresso no curso de balé requer teste de aptidão. O mais recente ocorreu no final de fevereiro quando 120 crianças, a partir de 7 anos, foram selecionadas (novas inscrições somente no ano que vem).

Do 1º ao 3º ano os ensaios ocorrem duas vezes por semana, passando para três do quarto ao nono e último ano. As aulas são ritmadas por piano. A atividade consiste em sequências exaustivas de alongamentos, exercícios e técnicas de dança, nas quais bolhas e calos nos pés se tornam parte do currículo.

BAILARINAS E CIDADÃS
O Balé da Cidade reúne 18 alunas já formadas na escola que treinam de 4 a 5 horas de segunda a sábado e, às vezes, aos domingos. O ensino segue o Método Russo, o mesmo dos balés Bolshoi e Kirov.

“É um sistema completo que além da parte técnica, passa noções de disciplina, postura e comportamento”, explica Renata. Ela comenta, por exemplo, que “bailarina não pode se expor muito ao sol e nem ter marcas de biquini. Quem quer vencer tem se dedicar muito mesmo”.

Satisfação pessoal
As bailarinas e professoras Sabrina Coelho (22 anos) e Marília Barbosa (19) são exemplos de dedicação e sucesso. Ambas começaram ainda crianças na escola de bailado, completaram o curso e hoje, além de integrarem o Balé da Cidade dão aulas no local.

“O balé aprimora tanto a parte física quanto a emocional; sacrificamos até nossa vida social, mas vale a pena pela satisfação”, pondera Sabrina, também formada em Educação Física. Já Marilia sustenta que o balé é um diferencial. “Você aperfeiçoa sua personalidade e fortalece sua vontade. Fica mais disciplinada no dia a dia e melhora a qualidade de vida”.