Atividade no Aquário mostra importância da preservação de albatrozes e petréis
Jogos da memória e de tabuleiro, além de desenhos para colorir, foram alguns dos atrativos utilizados, na manhã desta quarta-feira (25), por profissionais do Projeto Albatroz para mostrar a crianças de 5 a 15 anos a importância da biodiversidade marinha. A atividade integra o curso de férias do Aquário, a ser encerrado no próximo dia 1º, depois de 15 dias de palestras, oficinas e estudos do meio.
Após palestra sobre aspectos gerais da anatomia do albatroz e a atuação dos integrantes do projeto em sua proteção, as crianças assistiram a um vídeo sobre o risco da presença de lixo no mar e participaram de jogos.
Houve ainda distribuição do gibi ‘Um Homem de Sorte’, contando a história de um pescador que se tornou amigo dos albatrozes, e performance de Cynthia Ranieri, assistente de Educação Ambiental do projeto, que, vestida a caráter, apresentou a ave marinha de forma lúdica.
Lição
Vitória Ascoli de Souza, de 8 anos, participou pela primeira vez do curso de férias. “Adorei a aula e dei sorte nos jogos, principalmente no da memória marinha”, disse ela, que deu “nota mil” para as atividades do projeto. “Aprendi que não se deve jogar lixo no mar e que é preciso cuidar do albatroz para ele não ficar mais ameaçado de extinção”.
Das 22 espécies de albatrozes que constam da Lista Vermelha da União para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), 17 estão ameaçadas de extinção em algum nível. No Brasil, das espécies que interagem com a pesca de espinhel, seis estão na lista nacional de espécies ameaçadas.
Também integram as listas nacional e internacional quatro espécies de petréis (ou pardelas) da fauna brasileira. Ambas as aves vivem em alto-mar durante todo ano, indo para ilhas distantes apenas para se reproduzir.
Projeto
Criado em 1991 em Santos, o Projeto Albatroz é uma organização da sociedade civil que tem como objetivo proteger albatrozes e petréis, desenvolvendo ações de educação ambiental junto aos pescadores, escolas e público.
Além disso, realiza pesquisas para subsidiar políticas públicas de conservação. O projeto mantém mais três bases no Brasil – em Itaipava (ES), Rio Grande (RS) e Itajaí (SC).
Patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental, o projeto tem o apoio da Royal Society for Protection of Birds (RSPB), da Birdlife International, do programa Albatross Task Force (ATF), da Save Brasil e do Ministério da Pesca e Aquicultura, além das universidades do Vale do Itajaí e Federal do Rio Grande e do Instituto Estadual de Meio Ambiente do Espírito Santo.