"A ferro e fogo, o aço é vida" foi o enredo que levantou o público no desfile da escola de samba Sangue Jovem. A agremiação, que entrou na Avenida à 1h34, foi a quarta a desfilar na Passarela Dráusio da Cruz, na Zona Noroeste, na madrugada de domingo para segunda. A chuva não diminuiu a empolgação dos integrantes da escola e da platéia.

Antigas marchinhas e músicas populares, em ritmo de samba, garantiram a animação do público que lotou as cinco tendas armadas pela Prefeitura na orla. Até mesmo crianças se divertiram, embaladas por Mamãe eu quero, Máscara negra, Caiu na rede é peixe e Me dá um dinheiro aí, entre outras, que pais e avós cantavam a plenos pulmões, relembrando os antigos carnavais de salão.

A demorada salva de fogos, no momento em que o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba X-9 entrou na Passarela do Samba, foi um prenúncio do impecável desfile que apresentaria no encerramento do Carnaval 2008. E o presidente, Fabiano Vaz, previu: "Este ano não vai ter jeito, a escola vai ser campeã".

A história da luz elétrica e o conforto que essa invenção trouxe para o dia-a-dia da humanidade formaram o enredo da Agremiação Recreativa Cultural Real Mocidade Santista, no início da madrugada de terça-feira. Para contar a evolução, desde o lampião alimentado por óleo de peixe às atuais lâmpadas sofisticadas, o carnavalesco Edgar Cliquet utilizou diversos adereços, todos de material reciclável, como mensagem ambiental transmitida pelas 12 alas que percorreram a passarela do samba.

Mais uma vez a padroeira de Santos, Nossa Senhora do Monte Serrat, foi o tema de uma escola. Coube à Padre Paulo levar para a passarela a história da santa originária da Espanha, com muita alegria e as cores amarelo e vermelho. Com o enredo ‘Sou a fé, sou a história, sou a arte, muito prazer sou Monte Serrat, a agremiação desenvolveu com perfeição o tema proposto.

A estréia da escola de samba Mocidade Independente de Santos foi marcada por imprevistos, que resultaram em infração a alguns quesitos do regulamento. A caçula, fundada em abril de 2005, abriu a segunda noite de desfiles na Passarela do Samba Dráusio da Cruz, na Zona Noroeste.

A Metropolitana — primeira escola a pisar na Passarela do Samba Dráusio da Cruz na noite de domingo — entrou na avenida às 22h05, com o enredo Santos caminho para o mar, belezas que eu vou contar, do carnavalesco Araclides Ephiphanio Conceição. Para contar a história, a escola usou referências como os encantos das praias, os jardins da orla, os monumentos históricos e Brás Cubas.

Muita serpentina, confete e marchinhas tradicionais garantiram a animação das matinês promovidas pela Prefeitura nas dependências do EC Juventude, no Morro da Nova Cintra. Incentivadas pelos familiares, as crianças se divertiram ao som da Banda Carnavalesca do Juventude, que interpretou vasto e conhecido repertório, para alegria dos mais velhos. A realização de concurso de fantasias, coordenada pela Administração Regional dos Morros no domingo, foi atração à parte e mostrou a criatividade dos foliões.

A Banda do Chapeleiro comprovou, mais uma vez, as razões de seus 45 anos de sucesso: animação, muito samba no pé e foliões de todas as idades. A mais antiga banda de Santos arrastou verdadeira multidão pelas ruas da Zona Noroeste no domingo de Carnaval, animada por trio elétrico e pelo gingado de Greice Coimbra dos Santos e Kelly Cristina de Souza, respectivamente rainha e princesa da banda. Maior atração na Areia Branca, o ‘aquecimento’ dos foliões foi à base de cerveja, para amenizar o mormaço, além do banho de espuma, que permitiu às crianças elaboradas ‘esculturas’ sobre a cabeça.

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Brasil levantou o público na Passarela do Samba Dráusio da Cruz. Com o enredo baseado nos quatro elementos da natureza mais a paixão pela vida - "Com amor, sou fogo, terra, água e ar" -, a escola apresentou um desfile vibrante, fazendo justiça ao apelido de campeoníssima pelos títulos acumulados desde 1949.