A Mocidade Amazonense sagrou-se campeã do Carnaval santista depois de uma disputa acirrada com a X-9, durante a apuração das notas dos 27 jurados, nesta quarta-feira (25), na Passarela do Samba Dráusio da Cruz, Zona Noroeste. No final, ambas somaram 180 pontos, o que obrigou a comissão organizadora a utilizar o critério de desempate, estabelecido pelo regulamento do desfile.
A X-9 veio para a avenida defender o título de campeã conquistado no ano passado. Ao homenagear a escola paulistana Vila Maria, a "pioneira" brindou o grande público da Passarela Dráusio da Cruz com um desfile luxuoso, perfeito e marcado pela união de gerações. O tema "Vila Maria, explosão de alegria, no balanço da magia faz brilhar meu Carnaval" foi desenvolvido com muita competência e a força do samba, marcado pelo refrão Seu coração palpitará, quando a X-9 passar, vem do balanço da magia, um caso de amor...Vila Maria, não deixou ninguém sentado nas arquibancadas.
Um mundo melhor da unidos dos morros levanta o público
Um mundo melhor da unidos dos morros levanta o público
Quarta escola a pisar no sambódromo, a Unidos os Morros entrou na passarela precedida por uma grande queima de fogos e levantou o público com o enredo Realizando sonhos, fazendo a roda da vida girar. Abordando a luta por um mundo melhor à humanidade, com acesso à educação, cultura e saúde, a agremiação contou com 1.500 componentes, que também retrataram a conscientização ambiental.
Sangue jovem encerra o desfile homenageando galileu galilei
Sangue jovem encerra o desfile homenageando galileu galilei
Já surgiam os primeiros raios de sol de terça-feira (24), quando a Sangue Jovem entrou na Passarela do Samba Dráusio da Cruz. Apresentando o enredo "Você vai ver, o que você vai ver são 400 anos vendo o universo mais de perto", a escola mostrou muita animação e um samba forte para motivar o público das arquibancadas, apesar de não retratar com perfeição o difícil tema escolhido.
Metropolitana leva à avenida enredo sobre o vinho
Metropolitana leva à avenida enredo sobre o vinho
Os aspectos históricos e mitológicos que envolvem o vinho, bebida milenar apreciada em todo o mundo, foram retratados pela Escola de Samba Metropolitana, a primeira do grupo principal a pisar no sambódromo no domingo (22). A Roma antiga esteve presente no desfile da agremiação, que enalteceu Baco, considerado o deus do vinho e das festas, filho do deus Júpiter e da mortal Sêmele na mitologia romana.
Dependente do samba estreia com a luta dos negros
Dependente do samba estreia com a luta dos negros
A luta dos negros foi retratada pela também estreante Mocidade Dependente do Samba, segunda escola a entrar na avenida na noite de domingo (22). Os 500 componentes apresentaram, em 38 minutos, o enredo Sopram os ventos africanos do além-mar, pelas espumas verdejantes, aos quilombos de Santos, o berço da liberdade, em 14 alas e três carros alegóricos.
Trajetória de babalorixá é interpretada por vila nova
Trajetória de babalorixá é interpretada por vila nova
Com participação de muitas crianças e alas coreografadas, a escola Vila Nova foi a segunda a pisar na passarela, na segunda (23). No samba-enredo Odé Icutiê a Vila tem saudades, hoje é você, a agremiação de azul, vermelho e branco traduziu a saudade por Vivaldo Pires de Carvalho, o babalorixá que trouxe o candomblé para a região.
Amor pelo bairro inspira pleiteante vila mathias
Amor pelo bairro inspira pleiteante vila mathias
A segunda noite foi aberta com a pleiteante Vila Mathias, que entrou com tudo na passarela do samba, às 22h03. Com o samba-enredo Da janela do bonde do Cassimiro, 120 anos de história para contar do bairro da Vila Mathias, a escola agradou o público, que dançou durante os 44 minutos de desfile.
Uma queima de fogos no começo da madrugada de terça (24), mais precisamente à 0h35, deu início ao desfile da terceira escola - Mocidade Independente de Padre Paulo - que levou a pompa do carnaval carioca até a Passarela do Samba Draúsio da Cruz. Com 1.200 componentes, 16 alas e quatro carros alegóricos, a escola por apenas dois minutos não ultrapassou o tempo máximo permitido, encerrando o desfile em 58 minutos.
Luxo e efeitos especiais da amazonense alertam para conscientização ambiental
Luxo e efeitos especiais da amazonense alertam para conscientização ambiental
Luxo e efeito especial chamaram atenção do público para a preservação da Amazônia. Assim foi a verde e branca Mocidade Amazonense, a quarta escola a desfilar na passarela no segundo dia do carnaval santista. Os 1.300 componentes deram vida ao samba Amazonas: manancial das águas. Um canto de alertado guerreiro amazonense. O primeiro dos quatro carros alegóricos foi sobre o descobrimento do Rio Amazonas, com uma caravela representando os primeiros exploradores espanhóis e uma grande cabeça de índio que surpreendeu com o movimento dos olhos, do nariz e da boca.