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Recém-formados da EJA trocam ideias sobre projeto de computação física

Publicado: 13 de julho de 2018 - 17h12

Alunos recém-formados da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da escola Mário de Almeida Alcântara encontraram-se na Secretaria de Educação para trocar ideias sobre o projeto de computação física Box Maker, que ensina sobre tecnologia e desenvolve a criatividade, raciocínio, pensamento coletivo e concentração. As aulas são realizadas durante o ano, semanalmente, das 18h às 18h45.

Matheus Silva da Paixão Santos, 16, Rennerick Santos da Silva, 18, e Iris Henrique Nascimento, 16, passarão a frequentar, em agosto, a escola estadual Azevedo Júnior, mas o encanto pelo Box Maker levou-os a se reunir até no período de recesso escolar.

Os três discutiram, na última quarta-feira (11) a elaboração de um sistema de monitoramento da quantidade de lixo depositada em bueiros em torno da unidade Mário de Almeida Alcântara. “Primeiro, vamos mapear os bueiros e colocar uma tela neles para reduzir a quantidade de resíduos e minimizar enchentes”, disse Matheus. “Depois, a intenção é criar um aplicativo para colher dados, com ajuda da população e parceria da Terracom, e buscar soluções”.

Ele se matriculou no curso Inglês para Todos, oferecido pela Secretaria de Educação. O professor Admir Ferreira ensinou vários termos para Matheus acompanhar melhor o Box Maker e, de quebra, também aprendeu um pouco de tecnologia. “Foi muito interessante esta experiência”, contou Matheus.

Individualmente, o jovem quer desenvolver um mapeamento em áreas de risco dos morros e possíveis intervenções para avisar a tempo a Defesa Civil, usando sensores e arduíno (placa de programação que permite controlar outros dispositivos). “Moro no Morro São Bento e pensei em fazer este projeto até o final do ano para apresentar no próximo Festival de Invenção e Criatividade (FIC) em São Paulo”.

Já o colega Rennerick tenta fazer um projeto de segurança em área metropolitana. “Ainda estou pesquisando e vendo o que posso realizar”. Íris por enquanto não tem um projeto individual. “Antes de fazer o Box Maker, eu não gostava muito de tecnologia”.

A chefe da Seção de Educação de Jovens e Adultos (Seja), Patrícia Oliveira, informou que os alunos poderão continuar a fazer o curso aos sábados. “Em agosto será lançado um curso de linguagem de programação que dará continuidade ao projeto Box Maker”.

Patrícia destacou que, também em agosto, no dia 24, em Itanhaém, estudantes da unidade Leonardo Nunes, a outra escola municipal que faz parte do Box Maker, vão participar do 5º Encontro Metropolitano de Tecnologia da Baixada Santista. “Vão apresentar uma animação em scratch e construir uma ponte movida a energia eólica usando um cooler”.

Em março, o projeto ganhou projeção estadual ao participar do 2º Festival de Invenção e Criatividade (FIC), na Escola Politécnica da USP (Cidade Universitária/Campus Butantã), em São Paulo, dentro da 16ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace).

Matheus e Rennerick apresentaram um minirrobô que anda, feito de material reciclado - papelão, garrafa PET, copo plástico, embalagem de cápsulas de café, palito de sorvete, botões de teclado de computador, cola e papel machê, sob supervisão da professora responsável pelo desenvolvimento do projeto, Kelvia Ronqui.

Foto: Raimundo Rosa