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Começam obras do primeiro hospital veterinário municipal de Santos

Publicado: 11 de abril de 2024 - 15h29

Egle Cisterna

A cidade de Santos, que já é referência na proteção da vida animal, vai garantir um avanço significativo para a saúde e o bem-estar dos pets. As obras do primeiro hospital veterinário municipal foram iniciadas na manhã desta quinta-feira (11), com serviços de sondagem, na esquina da Rua João Fraccaroli com a Rua Amadeo Barbiellini, no Bom Retiro, na Zona Noroeste. O prazo para conclusão da obra é de 12 meses.

O futuro hospital veterinário funcionará em um edifício de quase mil m², distribuídos em dois pavimentos (térreo e primeiro) e o equipamento oferecerá atenção especial à saúde dos animais em uma área ampla e bem equipada. No equipamento será possível realizar atendimentos como consultas, tratamentos e procedimentos cirúrgicos de forma mais acolhedora.  

“Vamos oferecer atendimento aos pets que pertencem a famílias de baixa renda e também aos animais que são abandonados na rua. A gente sabe que as pessoas têm cães e gatos, porém muitas não têm recursos para alguns atendimentos mais complexos. É isso que a gente vai oferecer, ampliando o trabalho que já é oferecido pela Codevida, que é uma referência nacional”, afirma o prefeito Rogério Santos.

A unidade permitirá a ampliação do atendimento gratuito diário a cães e gatos, hoje assistidos pela Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida), órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente (Semam).

O titular da Semam, Marcus Fernandes, destaca que o novo equipamento vai proporcionar qualidade de vida e conforto aos animais da Cidade. “Com o novo hospital, vamos poder ampliar o atendimento realizado. Para se ter uma ideia, em dois anos foram realizadas 10 mil castrações, 12 mil atendimentos clínicos e ofertadas 10 toneladas de ração”, avalia.

A Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi) gerencia a construção que é executada pela Stier Construtora, empresa vencedora da licitação com o valor exato de R$ 4.041.852,09, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano do Município de Santos (Fundurb).

“Havia a necessidade de se ampliar o atendimento, então realizamos um estudo em conjunto entre a Siedi, Sedurb (Secretaria de Desenvolvimento Urbano) e Semam para fazer o projeto de um hospital completo, que será implantado nos próximos 12 meses”, explica a secretária de Siedi, Larissa Cordeiro.

EXPECTATIVA

A dona de casa Maria Aparecida Alves, moradora do Morro da Nova Cintra, aguarda com ansiedade a chegada do novo hospital. “Vai ser muito bom, pois eu já tive problema com animal que eu não tive condições de pagar o tratamento. Com um hospital público, fico mais tranquila”, afirma.

“Foi uma das melhores notícias que eu já ouvi. Hoje, eu levo meus animais na Codevida, que tem um atendimento nota 10. Agora, com o hospital, os bichos passam a ter um cuidado como o que a gente tem na UPA, com tudo do melhor e completo para eles. Vai ser perfeito”, comemora a monitora de cachorros, Luana Balinhas.

“Quem cuida de pets tem muito orgulho em ver Santos avançando nas questões de ser mais pet friendly, estar mais acessível para as famílias com os pets. Para essa evolução total, precisamos também de um hospital para poder atender tanto nas demandas quanto na rotina dos cuidados veterinários básicos deles e até nas questões de emergência”, salienta a influenciadora voltada para a causa dos animais domésticos, Patricia Camargo.

A presidente da ONG Defesa da Vida Animal, Marília Azevedo Moreira diz saber que a Codevida também não consegue absorver todo esse fluxo de pessoas que não têm condições de levar seus animais a um médico particular. “Esse hospital vai ser um fôlego a mais na Cidade”, avalia ela, que estima que Santos tenha cerca de 250 mil animais domésticos, entre cães e gatos. “Espero também que essa iniciativa pioneira na região sirva de inspiração para outros municípios, cujos animais acabam vindo para atendimento em Santos”, afirma a defensora dos pets.

ESTRUTURA

No pavimento térreo, o primeiro hospital veterinário municipal abrigará quatro consultórios, sala de espera, recepção, triagem, emergência, ultrassom, sala de fluxomedicação, além do centro cirúrgico com sala cirúrgica e antecâmara, sala de preparo/indução/anestésico e sala de recuperação. Terá vestiário, espaços para lavagem, esterilização, arsenal, farmácia, tanque de banho, higienização, isolamento e sala de raio-X.

Contará ainda com banco de ração, área de circulação, expurgo, necropsia e câmera fria; área para resíduos orgânicos, resíduos comuns e resíduos infectantes; reservatório metálico vertical, área técnica de energia, área para armazenamento de produtos e ferramentas de limpeza, além de estacionamento para veículos de atendimento.

O primeiro pavimento ficou reservado para estoque, copa, guarda de medicamentos, lavatório, sala de reuniões e conferências, sala administrativa e quatro banheiros, sendo dois para pessoas com deficiência (PcD). A cobertura do edifício será feita com telha de fibrocimento.

O equipamento terá climatização, acessibilidade e comunicação visual, sistema de prevenção e combate a incêndio, sistema de telefonia e dados, e também urbanização com árvore ornamental e grama esmeralda.

Visando o aproveitamento dos espaços, com ventilação e luz, e para garantir áreas mais agradáveis foram projetadas cinco áreas com jardim em espaços livres no pavimento térreo.

 

Esta iniciativa contempla os itens 3 e 15 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade e Vida Terrestre. Conheça os outros artigos dos ODS