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Combate ao Aedes: mutirões de verão já eliminaram 810 focos em Santos

Publicado: 28 de fevereiro de 2024
18h 08

A segunda etapa do Mutirão de Verão contra o Aedes aegypti, na Ponta da Praia, eliminou 74 focos do mosquito, nesta quarta-feira (28). Ao todo, foram vistoriados 1272 imóveis residenciais e comerciais pelos agentes de combate a endemias. Nestas ações, em 2024, foram eliminados 810 focos com larvas, o que equivale a mais de 25% de tudo o que foi eliminado em 2023.

Durante todo o dia 55 agentes de combate a endemias visitaram imóveis residenciais e comerciais para identificar e tratar possíveis criadouros do mosquito. Além disso, os profissionais também orientaram os moradores sobre como evitar a proliferação do transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ação se repetirá no sábado (2) para pendências em residências e comércios fechados.

A Secretaria de Saúde já realizou sete mutirões de verão, sempre às quartas-feiras, com retornos aos sábados para eventuais pendências. O objetivo é atingir os bairros mais movimentados nesta época do ano, realizando a vistoria nos imóveis de população flutuante. No verão, o clima quente e úmido é favorável para a procriação do mosquito e a alta circulação de pessoas acende um alerta à saúde.

No ano passado, foram confirmados 655 casos de dengue e 52 de chikungunya. Este ano, há a confirmação de 160 casos de dengue e 4 de chikungunya. A próxima ação acontecerá na quarta-feira (6), no bairro Gonzaga.

Nas abordagens, os agentes também realizam um trabalho educativo com a população sobre como prevenir as arboviroses mais comuns, além de outras doenças. Também ensinam como limpar valas e vasos. Em todos os locais onde são encontrados possíveis focos é feita a eliminação e a aplicação de larvicida biológico. Ao todo, já foram eliminados 193 focos de larvas de mosquito no bairro, somando o mutirão da última quarta (21) e o retorno no sábado (24) para as pendências. “É importante lembrar que as chuvas intermitentes associadas às altas temperaturas registradas na Cidade são um período propício para a proliferação desse mosquito. Por isso, a população santista não pode descuidar das ações de prevenção em casa e deve ser aliada nesta ação de combate à dengue, já que 80% dos focos dos mosquitos são encontrados dentro das residências”, ressaltou a chefe técnica da Seção de Controle de Vetores (Secove), Ana Paula Favoreto.

Para a dona de casa Izilda Maria Fernandes Ferreira, o trabalho da Prefeitura é importante porque orienta e vistoria locais que muitas vezes esquecemos de verificar. “Mesmo tomando todos os cuidados, esquecemos de olhar alguns locais dentro e fora de casa. Os agentes vêm e nos orientam e já eliminam qualquer foco que encontram. É muito importante essa abordagem, pois também devemos fazer a nossa parte para que possamos eliminar de vez o mosquito”, disse.

A empresa Terracom atuou em parceria com a Secretaria de Saúde, disponibilizando uma equipe de 25 agentes e um caminhão para a retirada de materiais inservíveis, que têm potencial para gerar criadouros.

PEIXES LARVÓFAGOS

A Secretaria de Saúde conta com um pequeno e eficiente aliado no combate aos criadouros do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya na Cidade. Trata-se do Poecilia reticulada, também conhecido como lebiste, ou barrigudinho, um peixe de valão que devora as larvas do mosquito. Os peixes larvófagos, como são popularmente conhecidos, são usados pela Seção de Controle de Vetores (Secove) no controle biológico dos focos do vetor e soltos em reservatórios que não podem ser eliminados ou tampados, como garagens inundadas, piscina sem uso, entre outros.

Segundo Ana Paula Favoreto, a técnica começou a ser usada como experiência em Santos em 2018. Desde então, comprovada sua eficiência no controle de focos do Aedes aegypti, é utilizada em diversas ações. Os peixes são colocados em espaços infestados para comerem as larvas do mosquito, e também pernilongos, e sua eficácia foi comprovada em pouco tempo, eliminando as larvas.

“O controle biológico é eficiente e reduz o tempo necessário para os agentes inspecionarem o local, já que a presença dos peixes é garantia de que não há larvas, além de não haver impacto sobre o meio ambiente. Uma vez que os peixinhos são colocados no reservatório, como por exemplo, numa piscina sem tratamento, eles se reproduzem rapidamente e, enquanto houver matéria orgânica na água, eles permanecerão ali, se alimentando das larvas e impedindo a proliferação do Aedes aegypti”.

A média de vida dos barrigudinhos é de três anos e se reproduzem em um período de 28 dias.

 

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS

Fotos: Isabela Carrari