Surtos de catapora devem ser informados à SMS

Com maior concentração de casos no final do inverno e início da primavera, a catapora está fazendo mais vítimas este ano. De junho para cá, a Seviep (Seção de Vigilância Epidemiológica), da SMS (Secretaria de Saúde), foi notificada sobre 39 surtos em creches e escolas de educação infantil públicas e particulares.

Apesar de ser comum na infância e de ter caráter benigno, a catapora, também chamada de varicela, merece atenção especial por ser altamente contagiosa e apresentar risco potencial de complicação.

Embora a vacina contra a doença não faça parte do calendário básico de vacinação infantil do Ministério da Saúde, ela é aplicada pela rede pública sempre que um caso surge numa creche ou unidade de educação infantil. “A gente faz o bloqueio nas demais crianças da sala para evitar que a doença se espalhe”, explica a enfermeira da Seviep Vera Lúcia Francisca dos Santos, lembrando que a vacina é aplicada dos 9 meses de idade até os 5 anos, 11 meses e 29 dias. Só este ano, de janeiro a agosto, foram fornecidas 1.422 doses da vacina.

Por isso, é importante que a direção das unidades de ensino fique atenta a ocorrência de casos, informando a unidade básica de saúde do bairro ou a Seção de Vigilância Epidemiológica do município (3201-5000, ramais 5667 ou 5647).

Quem contraiu a doença, deve reforçar a higiene da pele e procurar orientação médica. “Nunca deve ser feita a automedicação. No caso da catapora, se a criança tomar um antiinflamatório, para baixar a febre, como um A.A.S., pode desencadear um quadro semelhante a da encefalite”, alerta a pediatra e coordenadora de Saúde da Criança e do Adolescente, Célia Cristina Machado.