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Guardião-Cidadão comemora cinco anos como referência nacional

Publicado: 8 de fevereiro de 2011
20h 00

O programa Guardião-Cidadão comemora nesta quinta (10) cinco anos entre os 40 finalistas no país do Projeto Juventude e Prevenção da Violência: Estratégias de Atuação, do Ministério da Justiça e da Fundação Brasil de Segurança Pública, em parceria com os institutos Souza Paz e Latino-Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito. A iniciativa santista fará parte de uma publicação nacional e já está sendo divulgada em outros estados como exemplo de inclusão social e prevenção à violência.

Criado em 2006 pela prefeitura, por meio da Seseg (Secretaria Municipal de Segurança), o programa já atendeu 856 jovens da cidade nos últimos cinco anos, que adquiriram noções de cidadania e disciplina e preparados para o mercado de trabalho. Eles atuam em funções de apoio à Guarda Municipal, da qual também recebem treinamento e orientações. Com a turma de 26 integrantes que iniciou a preparação nesta semana, são 189 jovens este ano, entre os quais 57 garotas.

No ano passado, os participantes responderam pelo atendimento de 2.186 ocorrências, entre elas orientação ao munícipe, informações sobre a prática esportiva na praia, zelo pelo patrimônio público e intervenções junto à população de rua.

Segundo o secretário de Segurança, Renato Perrenoud, a estatística de produtividade é um exemplo do sucesso do Guardião-Cidadão. “É um programa vitorioso, não só pelos números, mas também por dar a jovens carentes uma nova perspectiva de vida”. Apenas 10% não concluem o programa.

‘Foi um divisor de águas’
Hoje com 25 anos, Adevaldo Conceição da Silva, da primeira turma de guardiões, diz que a passagem pelo programa foi fundamental para sua vida profissional e pessoal. Ele prestou concurso e ingressou em uma empresa onde atua na área de segurança. “O Guardião-Cidadão foi um divisor de águas. Entrei menino e sai um homem. Trabalhei na praia, no Aquário e em escolas. Aprendi sobre recursos humanos, a lidar com o público e até sobre direito”.

Beneficiada pela inserção de garotas no programa, possível pela lei 2.679/2010, que destina 30% das vagas às mulheres, a guardiã Angélica Aparecida da Silva Baroni, 19 anos e há 8 meses no serviço, nota a transformação em sua vida. “Antes não queria saber de trabalhar. Agora sei que quero fazer faculdade de Biologia e estudar inglês. Também estou ajudando a construir minha casa”, disse ela, que mora no Jabaquara.

Preparação
Antes de entrarem no programa, os guardiões recebem treinamento durante 30 dias, que inclui o aprendizado de técnicas operacionais, primeiros socorros, defesa pessoal, meio ambiente, turismo e educação física, entre outras disciplinas. Por meio de parceria com a Faculdade de Serviço Social da Unifesp, os participantes também são preparados para lidar com a população de rua.

Entre outras atribuições, os guardiões-cidadãos, de 18 a 20 anos, dão orientações aos banhistas sobre horários adequados para a prática esportiva na orla e outras informações aos santistas e visitantes. Eles atuam em vários pontos da cidade, seis horas por dia durante um ano, período que pode ser renovado. Para tanto, recebem um salário mínimo e meio, ajuda de custo e seguro de vida.