Escolas ‘sacodem’ a passarela do samba na primeira noite de desfiles
Quatro agremiações do Grupo Especial – Sangue Jovem, União Imperial, Brasil e X-9 – e duas do grupo de Acesso – Unidos da Zona Noroeste e Real Mocidade – encantaram o público, nesta sexta-feira (17), na abertura dos desfiles do Carnaval 2017, na Passarela do Samba Dráusio da Cruz, localizada na Areia Branca, Zona Noroeste.
A festa popular teve início com a passagem da tradicional Corte Carnavalesca, formada pelo Rei Momo, Rainha e Princesa do Carnaval. Em seguida, a Unidos da Zona Noroeste abriu os ‘trabalhos’ com a apresentação do enredo ‘Arroz e feijão uma mistura genial’, que teve como destaque o abre-alas com o galo símbolo da agremiação.
Segunda maior celebração popular brasileira, a festa junina tomou conta da avenida com o desfile da Real Mocidade Santista, segunda escola do grupo de acesso a pisar no sambódromo. A agremiação do bairro do Marapé apresentou a história do festejo em um verdadeiro arraial, com direito à quadrilha, fogueira e homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro.
Grupo especial
Já na madrugada de sábado (18), a Sangue Jovem (foto abaixo), primeira do grupo especial a desfilar, brilhou com o enredo ‘Da Luz à Vida’. Os mais de mil componentes contaram a história da luz desde a criação até o início da vida. Destaque para a comissão de frente, formada por 11 bailarinos do Ballet Arte Feeling, que representaram a escuridão e as trevas.
Quarta agremiação a entrar na avenida, a União Imperial – oito vezes campeã do Carnaval santista - contagiou o público com a trajetória de um dos maiores expoentes da pintura brasileira do início do século 20, Benedicto Calixto. Destaques para a madrinha da bateria, Scheila Carvalho, e para o carro abre alas, que representou o nascimento do pintor, falecido em 1927.
Na sequência, foi a vez da ‘campeoníssima’ Brasil retratar na passarela o encanto da deusa Oxum. Com o refrão ‘Bate o tambor, chegou Brasil’, a agremiação verde, amarelo, azul e branco do bairro da Aparecida fez uma apresentação luxuosa, com mil componentes, 14 alas e três carros alegóricos. Um dos diferenciais foi a ala das baianas logo após a comissão de frente.
Fechando a primeira noite de desfiles, a X-9 (foto em destaque) mostrou em cortejo o grito e dor dos escravos, das guerrilhas e revoluções, de liberdade e de alerta à preservação da natureza. Também não faltou o grito de campeã entoado com vibração por foliões e público. Entre os 2.500 componentes, destaque para os 150 ritmistas da bateria, trajados de soldados.
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Fotos: Susan Hortas