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Zé Corneteiro guia santistas e turistas em passeio pela história da Casa do Trem Bélico

Publicado: 3 de março de 2022 - 13h59

Prédio público mais antigo de Santos, construído entre 1640 e 1656, a Casa do Trem Bélico é uma das edificações mais importantes do Brasil, e acaba de passar por um amplo processo de restauração, sendo reinaugurado no último dia 28. O local foi construído para abrigar equipamentos de proteção da então Vila de Santos e, inclusive, já recebeu visita de ícones como Dom Pedro I e José Bonifácio. Essa e muitas outras histórias do espaço são narradas durante passeio no local por Zé Corneteiro, divertido monitor da casa, criado por Miguel Escandon.

Nascido em Sevilha, na Espanha, Escandon chegou a Santos com a família no fim da década de 50, quando tinha apenas seis anos. Em terras santistas formou-se fotógrafo científico e artista plástico, acompanhando de perto todos os movimentos de arte da época. Hoje, o monitor cultural já pode ser considerado parte integrante da Casa do Trem Bélico. Com sua vestimenta militar, chapéu colorido, cinto alusivo às muretas de Santos e a inexorável corneta, Zé Corneteiro diverte - e ensina - crianças e adultos que chegam à sede do Circuito Turístico dos Fortes.

"Confesso que me debrucei sobre toda a história da Casa. Estudei o motivo de uma pedra estar em um canto e por que tal árvore fica em outro local. Me dediquei a saber todos os porquês. Pouca gente sabe, mas a Casa do Trem Bélico é um local com uma riqueza histórica gigantesca", ressaltou Escandon, hoje com 70 anos.

O espaço no Centro Histórico mantém a mesma arquitetura desde 1738 e é patrimônio nacional desde 1940. Os batentes em pedra são da época da construção (meados do século 17) e as paredes, com 90 a 95 centímetros de espessura, foram feitas com uma mistura de pedra, cal de sambaqui e óleo de baleia. O local já funcionou como Tiro de Guerra, escola, seção de alistamento eleitoral, Serviço de Subsistência do Exército e Centro da Juventude. Em 2009, a edificação foi restaurada e modernizada.

Atualmente, a Casa conta com dois pavimentos, sendo três salões no térreo e dois salões no pavimento superior, este ocupado pela Secretaria de Cultura, que o transformou em espaço para futuras exposições.

MONITOR DEDICADO

O personagem Zé Corneteiro foi desenvolvido por Escandon há quatro anos. Segundo ele, a criação do soldado surgiu por conta da Casa ser uma edificação colonial-militar. O local ainda conserva suas características setecentistas portuguesas originais e, de acordo com o guia, há muita história para ser contada.

Ele, inclusive, está preparado para os mais diferentes turistas que chegam a Santos. Isso porque Escandon é fluente em cinco idiomas: português, espanhol, inglês, italiano e francês. E afirma estar preocupado até com visitantes do outro lado do mundo. "Embora seja uma língua difícil, também já estou estudando mandarim", contou ele, sem esquecer de estender seu convite ao público em geral.

"Todos estão intimados a conhecer as histórias da Casa do Trem Bélico. O soldado Zé Corneteiro está preparado para ilustrar todas elas", concluiu o ilustre monitor.

SERVIÇO

A Casa do Trem Bélico fica na Rua Tiro Onze, 11, Centro Histórico. O equipamento funciona de terça a domingo, das 11h às 17h. A entrada é gratuita.
 

Galeria de Imagens

lateral da casa do trem bélico #paratodosverem
Casa do Trem Bélico - Fotos: Francisco Arrais / PMS
fachada da casa do trem bélico #paratodosverem
Casa do Trem Bélico - Fotos: Francisco Arrais / PMS
espaço interno com exposição #paratodosverem
Casa do Trem Bélico - Fotos: Francisco Arrais / PMS
guia na frente do prédio #paratodosverem
Zé Corneteiro - Fotos: Francisco Arrais / PMS
guia toca corneta #paratodosverem
Zé Corneteiro - Fotos: Francisco Arrais / PMS