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Violência sexual e fluxo de atendimento são debatidos na Câmara

Publicado: 31 de março de 2016
12h 37

Para orientar a população sobre os fluxos de atendimento e sensibilizar os profissionais da importância da atenção integral às vítimas, foi realizada na noite de quarta-feira (30), na Câmara Municipal, a audiência pública Violência Sexual.

O encontro, promovido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Conmulher) e Coordenadoria de Políticas para Mulher (Comulher), encerrou a programação do Mês da Mulher 2016.

Participaram representantes da população e técnicos e gestores municipais de diversas pastas, principalmente integrantes da Comissão Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil de Santos (CEVISS).

“O objetivo é reunir os profissionais que realizam este atendimento para que trabalhem de forma integrada”, explica a coordenadora do Comulher, Diná Ferreira Oliveira.

Todos os participantes receberam cartilhas do fluxo de atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. “Há vítimas de violência sexual que não fazem a denúncia porque têm vergonha. É preciso abordar o assunto para que a comunidade saiba como agir”, explica a presidente do Conmulher, Elza Pereira dos Santos, que ressalta o apoio do material impresso para a divulgação sobre a rede de atendimento.

De acordo com a chefe do Instituto da Mulher e da Casa da Gestante, Daniela Homenko, o Programa de Atenção a Vítimas de Violência Sexual (Paivas) da rede municipal de saúde atendeu no ano passado (2015) 90 casos, sendo nove de pessoas do sexo masculino e 81 do sexo feminino.

Entre as mulheres, a maioria (22) tinha idade de 10 a 14 anos (27% do total).

Atendimento

“A orientação é que em caso de violência sexual, a pessoa procure, nas primeiras 72 horas, o Hospital Silvério Fontes. A Secretaria de Saúde não exige boletim de ocorrência para realizar o atendimento”, destaca Homenko.

O Hospital e Maternidade Municipal Silvério Fontes, funciona 24 horas no Complexo Hospitalar da Zona Noroeste (Rua Agamenon Magalhães s/nº, Castelo).

Após receber os primeiros atendimentos e orientações na unidade, como passar por consulta e exames de profissionais, profilaxia (procedimentos e medicação contra doenças), entre outros, ao ter alta a vítima seguirá em acompanhamento na rede de saúde por mais seis meses.

Cartilha

A cartilha sobre fluxo de atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual atendimento à Violência Sexual Infanto-Juvenil foi lançada na terça-feira (29), em evento no auditório da UniSantos. A iniciativa tem o patrocínio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santos (CMDCA).

Para a elaboração dos fluxos, foi utilizada a metodologia de identificação das possíveis “portas de entrada” de situações de violência sexual. Além de detalhar os procedimentos que os órgãos devem adotar durante as ocorrências de violência, a cartilha ainda expõe os cinco mandamentos do profissionalismo para esses casos:

- acreditar sempre na criança e no adolescente num primeiro momento;
- ter como compromisso fundamental proteger a criança ou o adolescente presentes na família ou no outro contexto violento;
- compreender que a eficácia da atuação para interromper o ciclo de violência doméstica deve ter como alvo a família em sua dinâmica interna e externa;
- não deixar que as emoções distorçam o processo de intervenção e saber atuar cooperativamente.

Serviço

Cartilha disponível em www.portal.santos.sp.gov.br/conselhos/news.php

Foto: Marcelo Martins