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Vacinação contra leishmaniose em cães segue nos finais de semana em Santos

Publicado:
18 de maio de 2019
14h 33

Leão, sem raça definida, é um dos cães sadios que têm contato direto com outros animais infectados pela leishmaniose ou que moram em um raio de até 100m de diâmetro de distância. Com histórico de abandono – foi encontrado pelo morador do Morro São Bento, Vitorino Conceição de Oliveira, 74 anos, chorando, no pé da Serra, quando voltava de São Paulo à Cidade -, ele foi o primeiro de 41 a receber a dose da vacina que protege contra a doença, neste sábado (18), na Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida), no Jabaquara. No domingo, foram imunizados mais 51 animais, totalizando 92 no fim de semana. 

Até agora, 132 cães foram imunizados desde que a ação foi iniciada pela Secretaria de Saúde (SMS), nos últimos dias 4 e 5. A vacinação segue neste domingo (19), no local (Av. Francisco Manoel s/nº), das 9h às 14h. Mesmo com chuva e frio, lá estava a dupla de ‘pai’ e ‘filho’ para a prevenção. “Esse trabalho é muito importante porque protege os bichos. Considero ele um filho, então tem que cuidar”, disse Vitorino.   

Ao todo são 780 cães cujos exames de laboratório deram negativo para leishmaniose e que devem ser levados pelos seus responsáveis para receber as doses aplicadas aos sábados e domingos na Codevida por técnicos da Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz).

O trabalho deve ir até a segunda semana de agosto e os tutores dos animais são convocados por telefone e pessoalmente. Por fim de semana são chamados 200 cães. Na mesma ocasião todos são microchipados. Os que não comparecem são convocados novamente. De acordo com a SMS, todos foram testados sorologicamente e tiveram exame de sangue negativo para leishmaniose, ou seja, podem tomar a vacina.

 

TRÊS DOSES

 

Cada cão deve receber três doses, com intervalo de 21 dias entre cada uma, explica o responsável técnico da Sevicoz, o veterinário Laerte Carvalho. “As doses devem ser dadas rigorosamente nas datas que a gente determina. Se houver atraso, será necessário reiniciar o esquema vacinal. Depois, uma dose de reforço anual é necessária”.

A dona de casa Rosemeire Pretel, 45, do Jabaquara, também foi, neste sábado, com o marido e os filhos levar a cadela Susy, 2 anos, uma Coocker com Poodle. “Moro em área de risco, então temos que prevenir. Temos que cuidar para mantê-los sadios”, disse ela, que ainda tem dois filhotes.

As vacinas foram adquiridas pela SMS com verba parlamentar no valor de R$ 197.325,00, destinada pelo vereador Benedito Furtado, que também destinou R$ 58.110,00 para a aquisição do medicamento milteforam, usado no tratamento dos cães infectados, e R$ 6.776,90 para coleiras com repelente.

 

TRABALHO INTEGRAL

 

Desde o registro do primeiro caso de cão com leishmaniose no Município, em 2015, Santos realiza um trabalho integral contra a doença, que cobre investigação do vetor, notificações, investigação sorológica, ações de prevenção e tratamento aos cães infectados.

É infecciosa e transmitida pelo inseto Lutzomya longipalpis, conhecido como mosquito-palha. Quando pica um cão infectado, torna-se um transmissor do parasita ao picar outros cães e até seres humanos. Os sintomas aparecem de dois a três anos após a infecção pelo parasita. São eles: pele e mucosas com feridas; queda de pelos da orelha e em volta do focinho; emagrecimento e crescimento exagerado da unha. Com o avanço, órgãos internos como fígado, baço e pulmão são afetados. Não tem cura nos animais.

Importante ressaltar que nunca houve registro de leishmaniose em humanos na Cidade. Munícipes cujos cães apresentem sintomas devem procurar atendimento veterinário. Na rede pública, a opção é a Codevida, de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 12h às 17h. Telefones: 3203-5593 e 3203-5075.

 

Fotos: Rogério Bomfim

 

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