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Três judocas radicados em santos vencem primeira seletiva olímpica de judô

Publicado: 22 de dezembro de 2003
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O judô santista comprovadamente permanece entre os melhores do País. Na primeira seletiva promovida pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para definir a seleção nacional que irá aos Jogos Olímpicos de Atenas, na Grécia em 2004, três judocas radicados em Santos conquistaram a vitória de forma brilhante. Leandro Marques Guilheiro (Osan/Fupes), Cátia Maia (Lojas Denovo/Fupes) e Danielle Zangrando (Construtora Vértice/Fupes), todos da Associação de Judô Rogério Sampaio/São Paulo FC/Mizuno/Engeplus, confirmaram a excelente fase e garantiram a vitória diante dos titulares da seleção nacional. Realizada no ginásio de esportes do São Paulo FC, no Morumbi, diante de um grande público, a seletiva promovida pela CBJ reuniu 26 dos melhores judocas brasileiros da atualidade. Nesse primeiro confronto, em série de melhor de três combates, os primeiros colocados do ranking nacional desafiaram os titulares da seleção brasileira. E muita surpresas ocorreram. A definição da seleção brasileira, agora, ficará para a segunda seletiva programada para o dia 13 de março, na cidade de Ipatinga (Minas Gerais) e, a terceira, em abril em local ainda a ser definido. OS CONFRONTOS Entre as lutas mais emocionantes, uma que chamou a atenção movimentou a categoria feminina meio-leve. No primeiro confronto a titular da seleção brasileira, Fabiane Hukuda (Minas Tênis Clube), conseguiu um ippon (golpe perfeito) sobre Cátia Maia, após muito equilíbrio. No segundo combate, no entanto, Cátia voltou muito mais concentrada e dominou inteiramente a luta até vencer também por ippon. A decisão aconteceu alguns minutos após e, mais uma vez, prevaleceu a garra e técnica da atleta santista que envolveu completamente a adversária até obter a vantagem de um yuko (equivalente a um quarto de ponto), o suficiente para estabelecer 2 a 1 no confronto. Foi uma vitória da determinação, do emocional. Na primeira luta eu estava muito bem, mas cometi um erro de movimentação e permiti que ela encaixasse o seu melhor golpe – seoi-nage – e a derrota foi inevitável, explicou Cátia Maia logo após o último confronto. Então procurei me concentrar mais para a segunda luta e fui muito feliz empatando a série. Na terceira e decisiva luta entrei determinada a buscar a vitória e dominei o combate inteiramente, pois a Fabiane é uma adversária muito difícil. Foi um grande resultado. Na categoria leve, Danielle Zangrando e Tânia Ferreira (ex-atleta da AA Portuários e agora no Flamengo/RJ) realizaram, na realidade, quatro lutas. No primeiro confronto elas empataram e foram para o golden score – mais cinco minutos de luta em que o primeiro ponto decide a vitória -, mas assim mesmo não houve um vencedor. A decisão, então, aconteceu na bandeira (hantei) e, por unanimidade (3 a 0) Danielle foi declarada vencedora. No segundo confronto a judoca santista estabeleceu uma pequena vantagem (yuko) até conseguir a imobilização de solo da adversária, vencendo a luta por ippon, fechando a série em 2 a 0. Não foi uma vitória fácil, pois a Tânia é uma grande adversária. Mas fechou minha temporada com mais um bom resultado e isso é muito bom, afirmou Danielle revelando ainda que o judô brasileiro feminino atravessa uma grande fase e deverá conquistar medalhas em Atenas. Chegou a hora do feminino mostrar o seu valor e sair da sombra do judô masculino. Pelo nível das atletas brasileiras acredito não em uma, mas em várias medalhas olímpicas para o judô feminino. VITÓRIA E DERROTA No masculino a Associação Rogério Sampaio/São Paulo FC/Mizuno/Engeplus – que conta com o apoio da Fundação Pró-Esporte de Santos (Fupes) – conquistou uma vitória e uma derrota. Na categoria leve, Leandro Marques Guilheiro (Osan/Fupes) venceu os dois combates diante do titular da seleção brasileira, Luís Camilo. Foram dois combates equilibrados, mas o melhor condicionamento físico do atleta santista foi flagrante nas lutas. Na primeira Guilheiro estabeleceu a vantagem de um koka e, na segunda, de um waza-ri (meio ponto), assegurando a vitória na seletiva. O condicionamento físico foi decisivo nos dois combates. Consegui impor meu ritmo forte e manter desde o início uma grande movimentação, afirmou Guilheiro. A tática deu certo e os golpes surgiram com naturalidade. Agora vamos descansar um pouco e depois reiniciar os treinamentos visando a segunda seletiva, que será ainda muito mais difícil. No outro combate, categoria médio, Edelmar Branco Zanol não foi feliz diante do titular Carlos Honorato. No primeiro confronto sofreu um ippon com 21 segundos de luta e, no segundo, vencia por uma pequena vantagem até sofrer um yuko nos três últimos segundos do combate.