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Trecho da perimetral, no cais histórico, terá mergulhão

Publicado: 28 de maio de 2009
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A Avenida Perimetral do porto terá uma passagem em nível inferior - o chamado 'mergulhão' - no trecho do Valongo, obra que eliminará o conflito entre caminhões e trens e possibilitará a integração da área urbana com o cais. A intervenção foi confirmada pela Codesp, e integra o plano de ocupação do Programa de Revitalização Porto Valongo Santos, apresentado nesta quinta (28) pela prefeitura e pela Companhia Docas, no Paço Municipal, Centro Histórico. O projeto vai transformar a área de 55 mil m² sem uso há mais de 20 anos, entre os armazéns 1 e 8, em um complexo turístico, náutico, cultural e empresarial de nível internacional, com terminal de cruzeiros, marina pública, escritórios, restaurantes, terminal de transporte aquaviário, entre outras ocupações. A decisão de construir o 'mergulhão', defendida pelo prefeito João Paulo Tavares Papa e confirmada pelo presidente da Codesp José Roberto Serra, foi aplaudida por empresários, sindicalistas e profissionais dos setores portuário e turístico que lotaram o Salão Nobre da prefeitura. "Já existe o projeto básico, e de imediato será lançado o edital para a contratação do projeto executivo. O custo da passagem subterrânea entre os armazéns 1 e 2 é estimado em cerca de R$ 260 milhões, dos quais R$ 15 milhões estão previstos no orçamento", disse Serra. Informou ainda que o Ibama condicionou a aprovação do projeto da Perimetral à construção da passagem subterrânea, que solucionará o principal 'gargalo' do porto santista. Os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental de todas as intervenções previstas serão contratados pelo município: "Serão destinados R$ 800 mil do financiamento do Banco Mundial para a prefeitura para os estudos". Ele detalhou o plano de revitalização das áreas portuárias e sua integração com áreas urbanas do Centro Histórico, informando que a proposta começou a ser articulada em 2001. Em fevereiro de 2008, prefeitura e Codesp firmaram um convênio para desenvolver o programa, com interveniência da Secretaria Especial de Portos. OCUPAÇÃO O plano destina os trechos terrestres e de mar para diversos fins. Os armazéns 1 e 2 para gastronomia, atividades comerciais e turísticas e produção cultural e artística. A área livre sobre o 'mergulhão' se transformará em uma esplanada, integrando fisicamente o Centro Histórico ao porto. O armazém 3 será ocupado por escritórios especiais e um museu marítimo, e o 4 para a administração da marina e uma escola náutica. Uma estação de transportes aquaviários de passageiros e um deck para turismo estão programados para o armazém 5, enquanto o 7 terá uma unidade da Base Aérea e o Instituto de Ciências do Mar. A Petrobras terá sua unidade de apoio no 8. A borda d’água entre os armazéns 1 e 4 será ocupada pela marina, enquanto a área do 6 será ocupado pelo terminal de cruzeiros. Com previsão de receber na próxima temporada 700 mil passageiros, o segmento cresce a cada ano, e tanto a prefeitura quanto a Codesp atestam a necessidade de um segundo terminal do gênero. As construções conhecidas como casas de pedra também serão recuperadas. A que fica entre os armazéns 8 e 9 será a primeira obra executada pelo ‘Porto Valongo’: a prefeitura vai adequar o espaço para receber a unidade aquaviária do Corpo de Bombeiros, junto ao ponto de atracação do barco ‘Comandante Fleury’. Já a casa entre o 3 e o 4 funcionará como posto de informações turísticas. Expondo projetos semelhantes implementados em portos da Europa, Ásia e América do Norte, o prefeito afirmou: "As ocupações previstas vão solucionar os conflitos no viário, gerar empregos e desenvolvimento e permitir a convivência efetiva do porto com a cidade". CENEP Após a apresentação, o prefeito, o presidente da Codesp e o secretário municipal de Assuntos Portuários e presidente do CAP (Conselho da Autoridade Portuária), Sérgio Aquino, assinaram a escritura pública referente à criação do Cenep-Santos (Fundação Centro de Excelência Portuária). O sindicalista Robson Apolinário firmou como testemunha. A instituição tem como meta primordial a qualificação profissional dos trabalhadores do porto santista e a atuação no campo da pesquisa e tecnologia. Mais de mil profissionais participam dos cursos.