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Sms prossegue com curso de treinamento em tuberculose

Publicado: 18 de novembro de 2003
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Acontece nesta quarta-feira (19), o segundo módulo do curso de treinamento em tuberculose que vai capacitar cem funcionários que atuam nas policlínicas, Senat, Craids, Nic e Naps para um melhor atendimento aos portadores. Iniciado na última segunda feira (17), por técnicos do Programa de Tuberculose, o treinamento tem o mesmo conteúdo pela manhã e à tarde, e se realiza no auditório da Faculdade de Serviço Social da Unisantos (sala 317) , na Av. Conselheiro Nébias 300. O último módulo acontece no dia 3 de dezembro, com novo grupo de funcionários. Ao melhorar as condições de acolhimento a pacientes portadores de tuberculose e atualizar informações sobre a epidemiologia da doença e tratamento, a SMS demonstra a importância dada a essa doença que ainda causa muitas vítimas. O evento registrou o Dia Nacional de Combate à Tuberculose, ocorrido em 17 de Novembro. O Município de Santos, assim como toda a região do Litoral, é a de maior prevalência de casos de tuberculose no Estado, chegando a ter um coeficiente 2,5 maior que o do restante do Estado. É importante destacar que a presença da tuberculose está também associada à Aids, atingindo 18% dos casos . Um dos cuidados da rede municipal de saúde ao constatar que um paciente tem tuberculose é pedir o exame de HIV, sendo que em média 4% tem o vírus da Aids, explica o médico fisiologista Francisco Araújo, responsável pelo Programa de Tuberculose de Santos. Para cuidar dos cerca de 500 casos/ novos ano, - média que se mantém estável há vários anos - , a SMS possui um programa estruturado em todas as policlínicas, sendo que os casos mais complicados são enviados para a equipe da Seviep, que dá atendimento a esses portadores no Centro de Saúde Martins Fontes. O Programa de Tuberculose está inserido na Seção de Vigilância Epidemiológica da SMS, com equipe multidisciplinar do qual participam oito funcionários, entre os quais, médico, assistente social, psicóloga, quatro auxiliares de enfermagem e um motorista. Uma das estratégias utilizadas para evitar o abandono ao tratamento, que dura seis meses, é a supervisão da ingestão dos medicamentos nos domicílios. Pacientes com perfis mais problemáticos são visitados três vezes por semana em casa, ou até diariamente, para que um funcionário da Saúde veja ele ingerir o complexo de drogas, que, no esquema básico, inclui rifampicina, isoniazida e pirazinamida. Atualmente, 16 pacientes recebem tratamento supervisionado em casa, enquanto sete casos complexos tratados pela Seviep ingerem os comprimidos nas policlínicas. Já os demais têm que comparecer pelo menos três vezes por semanas nas unidades para o tratamento supervisionado Tanto na residência, como nas unidades de Saúde, eles ganham o café da manhã. Até outubro deste ano, 303 novos casos de Santos haviam sido registrados pelo Programa, estando em tratamento no momento um total de 413 pessoas. Já em 2002, foram 477 novos casos registrados e um total de 572 em tratamento, com índice de cura de 70% e 32 óbitos. Mas nem todos esses óbitos tiveram razão direta com a tuberculose. No levantamento realizado pelo programa, oito morreram pela tuberculose e os demais por doenças associadas. AMBULATÓRIO MULTIDROGARRESISTENTE Avanço conquistado pelo Município de Santos em abril de 2002, no tratamento da tuberculose - a instalação, pela SMS, junto ao Centro de Saúde Martins Fontes- do Ambulatório Regional para tratar pacientes resistentes às drogas convencionais. Esse ambulatório acompanha, no momento, o tratamento de 18 pacientes de alto risco, (multidrogarresistentes) , seis deles de Santos e vem obtendo sucesso. A maioria está reagindo bem ao tratamento, assinala o especialista em tuberculose, Francisco Araújo, explicando que ocorreram duas mortes neste ano, entre esses pacientes. Esses casos complicados surgem, geralmente, porque a pessoa abandona o tratamento antes da hora, tornando a tuberculose muito mais grave, e levando muitos portadores à morte. O complexo de drogas é fornecido pelo Estado, dentro de rigoroso controle, já que são medicamentos de alto custo. Enquanto o tratamento convencional custa R$ 80,00 (por 6 meses), o custo do multidrogarresistente é de US$2.200 pelo período de 18 meses. SINTOMAS Doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, ou Bacilo de Koch, a tuberculose é transmitida pelo ar, por meio da tosse e espirros de pessoas doentes. Os principais sintomas são tosse por três semanas ou mais, perda de peso, cansaço fácil, febre baixa geralmente à tarde, dor no peito ou costa e suores noturnos. No Brasil surgem em média 85 mil casos novos/ano.