Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Sms faz blitz em imóveis insalubres

Publicado: 8 de janeiro de 2002
0h 00

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizou ontem (8), blitz em imóveis insalubres - caracterizados sobretudo por obras paralisadas e propriedades abandonadas e deterioradas – que favorecem a proliferação do Aedes aegypti. Dos cerca de 450 pontos monitorados pela SMS, perto de 120 estão em péssimas condições sanitárias, embora sem mosquitos transmissores da dengue. Apenas um criadouro com larvas foi localizado, ontem, no prédio da antiga fábrica da Leoneza, na Rua da Constituição. A ação mobilizou a equipe do Programa de Controle da Degue e foi acompanhada por repesentantes da Secretaria de Saúde. Ontem mesmo, a SMS requereu à Prodesan para que a Terracom reforce a limpeza em imóveis abertos. LEI EM PREPARO A blitz atestou a necessidade de criação de lei municipal que possibilite à Prefeitura punir de forma exemplar proprietários de imóveis em situação insalubre. A Secretaria de Saúde já tem esboço de lei contra imóveis insalubres que deverá ser enviada em breve para a Câmara, visando estipular multas crescentes aos infratores que não cuidarem das propriedades nessas condições. Muitos desses imóveis com obras paralisadas, há 10 ou 15 anos, encontram-se com processos na Justiça, sendo difícil localizar um responsável, até para que a Prefeitura ingresse no local e faça a limpeza da área. Em razão de IPTU que se acumula ao longo dos anos e, em razão do risco à saúde pública, a Secretaria de Saúde pretende sugerir ao Executivo que seja estudada alguma forma de a Municipalidade assumir a posse desses imóveis numa contrapartida pelas dívidas acumuladas com o erário municipal, que podem se equiparar ao valor da propriedade. Entre os imóveis visitados ontem figuraram as obras paralisadas na Rua Amazonas 22, na Rua Arnaldo de Carvalho, 70, na Rua João Caetano 42 (Campo Grande e Encruzilhada) e os imóveis abandonados na Av. São Francisco 454, ao lado do Cemitério do Paquetá, e o prédio de cerca de 5 mil m², na Constituição,55l. Nos três primeiros foi constatada muita água acumulada no subsolo, até um metro e meio, mas sem larvas, já que a equipe da dengue monitora esses pontos e mantém peixinhos que devoram as larvas do Aedes aegypti. O supervisor da área da Encruzilhada e Campo Grande, José Wilson Cardoso, explica que o problema desses imóveis insalubres é o desconforto e o desestímulo que provoca na vizinhança, no sentido de cuidar melhor de suas propriedades. Pela pesquisa semanal das 400 ovitrampas instaladas em toda a Cidade pela SMS, o bairro Boqueirão, de classe média alta, é o que apresenta maior positividade nas armadilhas (100%) e maior quantidade de ovos do vetor da dengue.